Apesar do decreto assinado em 22 de abril que tornou obrigatório o uso de máscaras de proteção em Belo Horizonte - com aplicação de multa desde ontem (14) em caso de descumprimento - os motoristas de ônibus da capital de Minas Gerais relataram ameaças e agressões ao site G1. A violência ocorre quando eles exigem dos usuários a utilização do equipamento como forma de proteção contra o novo coronavírus.
Em Ibitiré, localizada a 24 km de Belo Horizonte, um motorista ficou com o rosto machucado após levar socos quando um passageiro se recusou a usar o item de proteção. Já na capital um ônibus foi atingido por uma pedra jogada por uma pessoa que também não quis utilizar a máscara. Ambos os casos foram em maio, mês em que a medida já estava em vigor.
No entanto, as ameaças são feitas frequentemente, conforme apontou ao G1 o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTR-BH), Paulo César da Silva.
O uso do equipamento é importante porque é uma maneira de prevenção contra a Covid-19. Grande parte das pessoas que circulam nas ruas passam pelo transporte público. Como o espaço é pequeno, é grande a possiblidade de aglomeração no veículo. Conforme a reportagem, a reclamação dos rodoviários é que em meio à este cenário de falta de consciência está difícil de trabalhar.
A publicação acrescenta que o sindicato registrou a morte de um motorista de BH em decorrência da Covid-19. Cinco condutores da mesma empresa testaram positivo para o coronavírus, de acordo com a matéria.