A Polícia Federal (PF), em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira (31), afirmou que membros da facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que assassinassem servidores públicos, recebiam o triplo da mesada, em relações a outras atribuições ilegais.
Uma força-tarefa foi montada com o objetivo de cumprir nesta manhã, 600 mandados de prisão e de busca e apreensão em 19 estados federativos além do Distrito Federal (DF).
O delegado Alexander Castro, coordenador da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO), destacou que "os valores variavam de acordo com o motivo pelo qual esses presos foram arremetidos para sistema penitenciário federal".
"Então, se ele foi arremetido para o sistema penitenciário federal por pertencer à facção, ele recebe 'x'. Se ele foi arremetido para o sistema penitenciário federal por exercer um cargo de relevo na facção, ele recebe o valor '2x'. E, se ele executou alguma missão da facção, ele recebe valor '3x'. Leia-se matando algum servidor público".
Conforme Castro, os servidores mais visados pela falange são os policiais, além de outros servidores como juízes. Nesta manhã, a Justiça de Minas Gerais bloqueou cerca de R$ 252 milhões em contas ligadas ao PCC. Cerca de R$ 6 milhões foram apreendidos em espécie.
A operação
Segundo o site G1, dos 600 mandados que estão sendo cumpridos, 422 são de prisão, sendo parte deles contra pessoas que já estão detidas. Entre alvos estão integrantes do PCC, familiares e outras pessoas responsáveis por lavar dinheiro da organização. O estado com maior número de mandados de prisão é o Paraná, com 101.
Segundo o delegado Elvis Secco, coordenador-geral de repressão a drogas e facções criminosas da PF, essa operação policial é a maior da história do país e da Polícia Federal.
"Em vários aspectos: em número de mandados, principalmente de membros da facção de alto grau e, em número de mandados de lideranças da facção que estão soltas. É a maior em números de estados, é a maior operação de lavagem de dinheiro", explica.