Segundo um médico, que preferiu não ter a identidade divulgada, no último final de semana, entre os dias 15 e 16 de agosto ele foi vítima de tentativa de agressão e ameaça de morte em uma unidade de saúde de Campinas, em Goiânia enquanto realizava um plantão.
A paciente teria pedido que buscassem uma arma de fogo para matá-lo, de acordo com relato do profissional. “Foram 40 minutos de pânico, de terror, onde eu temi pela minha vida o tempo todo. A paciente esmurrava a porta, chutava a porta, tentava arrombar a porta enquanto me ameaçava de morte. Solicitou que um familiar fosse buscar uma arma de fogo”.
De acordo com ele, foi preciso se trancar em uma sala do Centro de Atendimento Integrado à Saúde (Cais) para escapar das agressões. O profissional alega também que essa e outras situações semelhantes tem lhe provocado traumas psicológicos. “Estou bastante fragilizado com o que aconteceu. Eu tenho medo que meu desempenho enquanto profissional seja afetado no futuro”, explicou.
O médico afirmou durante uma entrevista à TV Anhanguera exibida na última segunda-feira (17), que precisou buscar pessoalmente por ajuda psicológica e teme que sua carreira seja afetada de forma definitiva pelo episódio. Posteriormente um outro profissional também relatou ter sofrido agressões.
Neste segundo caso que ocorreu no dia 11 de julho, um vídeo foi gravado dentro do Cais do Bairro Goiá com imagens mostram um casal agredindo o médico que estava entubando um paciente e o tem o consultório invadido.
Medidas
O Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego) entrou com uma ação junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) devido a esse e outros relatos de agressões e ameaças de pacientes a médicos. O intuito é conseguir uma determinação que garanta a segurança de todos os profissionais de saúde da rede municipal durante p exercício da profissão.
Segundo informações do portal G1, a Prefeitura de Goiânia afirmou que a responsabilidade de garantir a segurança dos profissionais de saúde é da Guarda Civil Metropolitana (GCM), mas que a administração estuda novas medidas que sejam mais eficazes.
“A SMS está estudando medidas mais eficazes para dar segurança a esses profissionais que atuam na linha de frente”, afirmou o superintendente de Gestão de Redes em Atenção à Saúde, Silvio José de Queiroz em nome da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).