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Quatro policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram indiciados pela Polícia Civil (PC) por homicídio qualificado e fraude processual pelas mortes dos irmãos Victor e Kaleb de Paula, de 21 e 18 anos.
Ambos foram assassinados a tiros durante uma abordagem dos militares à casa onde moravam, em Trindade, Região Metropolitana da Goiânia, no começo deste ano, nas investigações, eles alegaram que foram recebidos a tiros ao fazer abordagem, mas família sempre negou versão.
Em nota, a PC confirmou a conclusão do inquérito e o envio do mesmo ao Poder Judiciário para que o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) se manifeste.
Foram indiciados Ricardo da Costa Faria Junior, Leonardo de Oliveira Cerqueira, Jefferson da Silva Gomes e Carlos Pinheiro Lopes.
Crime
O caso aconteceu no dia 6 janeiro deste ano. Os jovens foram alvejados no quintal de casa, durante um suposto confronto com os militares, no Setor Maysa 2. Os policiais afirmaram que averiguavam uma denúncia de tráfico de drogas, mas foram recebidos a tiros e revidaram. A família dos jovens, porém, sempre contestou a versão.
A perícia que analisou a ação dos policiais identificou que os órgãos de socorro, o Corpo de Bombeiros e o Samu, foram chamados mais de 20 minutos depois do suposto confronto. Um áudio que registra parte dos tiros ajudou a identificar o tempo entre a abordagem e o pedido de socorro médico.
Os peritos detalharam que os tiros foram efetuados às 11h36. E os policiais do Bope afirmaram em depoimento que o Samu e o Corpo de Bombeiros foram chamados logo após o suposto confronto. Porém, a Polícia Técnico-Científica, que elaborou o laudo, contou que os órgãos de socorro foram chamados às 11h58.
Ainda foram realizadas perícias nas armas, que segundo os policiais, foram apreendidas no local, e em resíduos de munição, também recolhidos na residência.
*Com informações do G1
