O servidor público Wellington Ribeiro da Silva confessou em um vídeo feito pela Polícia Militar que matou a namorada e colocou o corpo no porta-malas do carro em Palminópolis, região central de Goiás. Ele, que foi preso, disse que a golpeou com uma barra de ferro. Depois disso, foi em casa, tomou banho e seguiu para Goiânia.
O corpo de Solange Aires dos Santos, de 43 anos, estava dentro do porta-malas e sujo de sangue na lataria. Policiais que patrulhavam o local pela madrugada de quarta-feira (12) viram o veículo parado e foram verificar a situação.
O suspeito contou que os dois mantiveram um relacionamento por cerca de oito meses e que eles estavam no carro a caminho de Goiânia quando começaram a brigar.
“Ela começou a discutir comigo dentro do carro, pegou o ferro e começou a me atacar. Ela parou o carro, eu desci e ela veio atrás. Eu consegui tomar o ferro e bater na cabeça dela. Eu creio que foram quatro ou cinco. ”, disse.
Na sequência da gravação, ele diz que colocou a vítima no porta-malas e foi embora. “Vim para Palminópolis, tomei um banho e vim para cá [Goiânia]”, completou.
Em depoimento à Polícia Civil, o servidor público disse que tinha agendado um curso de motorista de ônibus na capital e que a namorada disse que precisava retornar a Paraúna, cidade em que morava, no mesmo dia e reclamou do horário da viagem.
“Ela começou a falar que estava com muita pressa e eu disse que não precisava ter vindo”, contou Wellington no vídeo feito pela PM.
O caso é investigado como feminicídio e ele segue preso no presídio de Firminópolis.
Um parente de Solange, que não quis ter o nome divulgado, disse que toda família está em choque com o crime. “Foi um crime bárbaro, um ato de crueldade. Esperamos que seja feita justiça, vamos fazer de tudo para ele ficar preso”, contou.
O corpo de Solange foi enterrado às 7h desta quinta-feira (13) no cemitério de Paraúna. Ela deixa três filhos.
Ela era pré-candidata a vereadora pelo PSL. O partido divulgou uma nota lamentando o crime e se sensibilizando com a dor da família. “Reivindicamos a pronta investigação, resposta e punição dos autores deste cruel crime, aparentemente de feminicídio”, diz o comunicado.