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Servidores dos Correios estão em greve

Na segunda-feira (17/8), Os sindicatos dos trabalhadores dos Correios decretou greve por tempo indeterminado, por não haver acordo na proposta de ajuste salarial em curso. Os funcionários alegam que a paralisação é para que os direitos dos servidores sejam preservados. Eles também se colocam contra a privatização da estatal.

Os Correios comunicaram, por meio de sua assessoria, que estão cientes desta greve nos estados do Amapá, Bahia, Brasília, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, além dos municípios de Santos (SP) e no Vale do Paraíba (SP).

Segundo a publicação do portal UOL, o presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, declarou que a divulgação de informações deturpadas ou inverídicas prejudica os funcionários, a empresa e a população em geral. "O que testemunhamos é uma tentativa de confundir os empregados acerca de temas sobre os quais a direção dos Correios não tem influência: os estudos de desestatização são conduzidos pelos órgãos competentes e baseados em minucioso planejamento que visa, ao fim e ao cabo, à determinação da melhor alternativa para a empresa e para a sociedade".

De acordo com o secretário da FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), Emerson Marinho, a greve é nacional. Segundo ele, a decisão pela paralisação foi acatada por todos os sindicatos e que nos locais onde há terceiro turno de trabalho, a greve começaria às 22 horas de ontem. Já nos demais locais, em todo país, a greve iniciou a partir da meia-noite.

Marinho diz que a proposta da estatal é inviável e tira benefícios, por exemplo, de filhos dependentes com necessidades especiais. "Não podemos permitir esse retrocesso de direitos".

Por se tratar de um serviço essencial, inclusive enfatizado no decreto de calamidade pública assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, os sindicatos avisam que o mínimo de trabalhadores será mantido.

Correios falam em "realidade do país"

No fim do mês passado, Floriano Peixoto afirmou que a proposta apresentada pela empresa "é condizente com sua situação financeira e a realidade do país".

"Considerando a missão do gestor público em zelar pela boa administração, é dever da Diretoria dos Correios implementar os ajustes propostos, pois, sem eles, haverá grave comprometimento da situação econômica da empresa", disse.

O argumento é rebatido pelos trabalhadores, que alegam que a estatal vem dando lucros e que há uma diferença elevada entre os salários da diretoria e dos funcionários.

Segundo a FENTECT, Floriano escalou pelo menos dez militares em cargos estratégicos da direção dos Correios e seus secundários ganhando salários de R$ 30 a R$ 46 mil, que é o salário do presidente. "Enquanto isso, o trabalhador de carreira de nossa empresa ganha o salário de R$ 1,7 mil por mês".

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