A Comissão dos Direitos da Pessoa Com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) promoverá lives abordando a causa durante todo o mês. As videoconferências começaram ontem (3) às 19h e fazem parte das atividades voltadas para a campanha "Setembro Verde", instituída em Goiás e reconhecida por meio de Lei Estadual e Municipal, em Goiânia. Dentre as ações estão: cursos, palestras, campanhas e eventos. Em virtude da pandemia do novo coronavírus o público interessado poderá companhar a maior parte das atividades por meio das redes sociais da Comissão.
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Em entrevista ao DM, a secretária da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-GO, Renata Marra, aponta que a campanha "Setembro Verde" é um projeto a nível nacional. No entanto, tem expressividade em Goiás. "Tem uma das maiores notoriedades, pois foi abraçado pela OAB, que o levou às entidades de classe da pessoa com deficiência", explica.
Ontem, Renata Marra conduziu uma entrevista com o presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Aldenor Carneiro. A transmissão contou com audiodescrição e a presença da intérprete de libras Eliane Souza. O foco foi o papel do Conselho relacionado aos direitos das pessoas com deficiência e como ocorre a fiscalização.
Durante a live, o presidente respondeu à pergunta do DM sobre os desafios à frente da Presidência em meio à pandemia. "Justamente fazer com que todos os conselheiros, todos os seus membros, utilizem as novas tecnologias, e possam atuar efetivamente para defender os interesses das pessoas com deficiência".
'Pessoas um pouco mais iguais'
Conforme o presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Aldenor Carneiro, a pretensão é que essa pandemia ofereça alguma missão. "Para que nós possamos aproveitar o tempo que nós temos para criar realmente uma identidade com a sociedade. Perceber, por exemplo, que esse vírus veio para colocar as pessoas um pouco mais iguais. Num tratamento um pouco mais humanizado. Eu espero que nós consigamos discutir as questões ligadas às pessoas com deficiência, às vezes com pessoas mais sensibilizadas".
Ele acrescentou também que o Conselho dos Direitos do Deficiente depois da Covid-19 pode "equacionar as suas ações para compatibilizar com a escassez de recursos e com as dificuldades que virão após ultrapassarmos então essa pandemia", avaliou."Eu acredito que o somatório do esforço comum, de todos os conselheiros, de todos os atores da sociedade, fará com que nós sejamos mais eficientes e realmente que as ações possam chegar a quem interessa", completou.