Em uma fazenda na zona rural de Anápolis, um operador de máquinas localizou um corpo em estado avançado de decomposição. A polícia está averiguando se o cadáver pode ser do estudante Murilo Ramos de Souza, 25 anos, que desapareceu após ter o carro roubado em Itapuranga. Os suspeitos do roubo morreram em confronto com policiais.
O funcionário da fazenda estava preparando um poço para o gado beber água, quando avistou o corpo. O local fica a cerca de 200 metros da GO-560. Policiais Militares (PM-GO) isolaram a área e a Polícia Civil (PC-GO) e o Corpo de Bombeiros (CBM-GO) também foram ao local. Apenas uma perícia poderá identificar o corpo encontrado.
"Ao chegarmos ao local, encontramos um corpo já em avançado estado de putrefação, ele está com as mãos amarradas para trás com um cadarço, aparentemente com várias marcas de arma de fogo e objetos contundentes na cabeça. Não conseguimos detalhar cor de vestimentas, sexo do corpo", justificou o major Leonardo Bernardes.
O Instituto Médico Legal (IML) e os peritos já estão no local fazendo os trabalhos necessários para começar as investigações e identificação do corpo.
Conforme o delegado Kleber Toledo, responsável pelo caso, disse que Murilo teria combinado de se encontrar com uma jovem na noite do desaparecimento. Ele a buscaria em Ceres, cidade vizinha, para ir a um mirante da cidade.
"Ele teria pedido para ela levar 'bala', para eles usarem à noite, mas ela disse que não teria como [...]. Ela teria dito que estava em Rianápolis, precisaria conseguir uma carona até Ceres, onde ele a buscaria para irem ao mirante", destacou o delegado.
Ainda segundo o delegado, testemunhas que estavam no mirante de Ceres naquela noite afirmaram que Murilo chegou ao local sozinho, foi conversar com quatro rapazes e, logo depois, os cinco entraram no carro do jovem, com ele ao volante e foram embora.
"Dá-se a entender que ele deve ter perguntado se algum dos rapazes tinha droga. Provavelmente, eles disseram que não, mas sabiam onde conseguir. Esses quatro já estavam com a pretensão de roubar um veículo, qualquer veículo, para quitar uma dívida que tinham com uma pessoa 'acima' deles e aproveitaram a oportunidade. [Murilo] estava no lugar errado, na hora errada", completou o delegado.
Confronto
De acordo com o delegado, uma denúncia anônima foi feita a Polícia Militar naquela noite, informando que o carro de Murilo havia sido roubado e, por meio de uma interceptação telefônica, a equipe teria ouvido que os autores estariam a caminho de uma residência em Anápolis.
Segundo o site G1, os militares foram até o endereço, onde não havia ninguém, mas ficaram esperando. Quando os quatro suspeitos chegaram, teriam atirado contra os PMs, que revidaram. Os quatro morreram no local.