O homem de 45 anos preso na última quinta-feira (15) na cidade de Rio Verde, em Goiás com os 9 mil arquivos de pornografia infantil foi acusado por uma de suas filhas de ter abusado sexualmente da irmã mais nova. Quando o fato supostamente aconteceu, a filha vítima do estupro tinha 13 anos.
De acordo com a polícia, na época, a menina relatou o ocorrido à mãe. Por sua vez, a mulher alegou aos agentes que tentava encontrar uma prova para denunciar o marido, porém o estupro teria acontecido quando a garota agora com 14 anos, tinha apenas 13.
“A mãe pediu que a mais velha tentasse filmar para ter prova. A filha conseguiu, mas o pai ficou sabendo da gravação e quebrou o celular, destruindo a prova”, disse o delegado responsável pela prisão em flagrante, Caio Martines Santos Pereira.
O homem foi detido após uma denúncia anônima. Segundo a corporação, as imagens encontradas com o suspeito estavam armazenadas em pen drives, HDs, entre outros e ele nega ser o dono dos vídeos. Já quando questionado sobre a denúncia do crime contra a filha a polícia afirma que ele permaneceu em silêncio.
Suspeito tinha vídeo de estupro da filha
Apesar da gravação ter sido destruída pelo suspeito, conforme os investigadores, existe um outro registro em que o próprio preso aparecia abusando da filha. O material estava salvo entre os arquivos de pornografia apreendidos com ele.
Em entrevista ao portal G1, o delegado Caio Martines comentou sobre o vídeo. “Tinha um vídeo dele estuprando a própria filha no meio dos outros. Ele diz que não sabia das imagens e se exime da responsabilidade”, explica. Até o momento o homem não apresentou um advogado de defesa.
As investigações seguem em andamento e a conduta da mãe também será apurada. Segundo a publicação, para saber se ela deixou de proteger a filha mesmo sabendo do abuso ou se realmente fez o que pode diante da situação. O nome dela não foi divulgado.
A denúncia sobre o estupro da menor será investigada pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) o município. Contudo o suspeito deve responder pelo armazenamento de pornografia infantil. Caso as apurações evidenciem o outro crime ele também deverá responder por estupro de vulnerável.
“A gente está diante de um pedófilo, que tinha vídeos de crianças de 3 anos de idade fazendo sexo, uma pessoa altamente perturbada. A gente não pode descartar nada, já que tinha duas filhas menores na casa e ele entrava no quarto quando elas estavam dormindo”, pontuou o delegado durante a entrevista.