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Moradores pedem proibição do uso de retardantes de fogo na Chapada dos Veadeiros

Moradores de Cavalcante, entraram na sexta-feira (16) com uma ação popular na Justiça Federal contra o ministro do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Salles, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Isso ocorreu, após o ministro afirmar durante um vídeo que usou o produto para conter as chamas na Chapada dos Veadeiros. Com isso, a população ficou revoltada.

Os moradores resolveram protestar com cartazes, pedindo a saída do ministro e também solicitando a proibição do uso de retardantes de fogo em incêndios florestais, por conta dos efeitos adversos que o produto pode causar.

Incêndio

O incêndio atingiu cerca de 75 mil hectares da região da Chapada dos Veadeiros. E de acordo com o governo goiano, no total, 24.198 hectares de mata foram avançados no interior do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o que corresponde a 10% de sua área total.

Segundo Ricardo Salles, o fogo ganhou força e o governo usou um produto retardante junto com a água despejada pelos aviões, pois o produto potencializa em cinco vezes a capacidade de resposta no combate ao fogo.

Ação na Justiça

O advogado José da Silva Moura Neto explica que também entrou com o processo porque o Ministério do Meio Ambiente usou o retardante na Chapada dos Veadeiros "sem qualquer tipo de regulação ou previsão científica das consequências no combate a incêndios com esse produto".

"Dentro disso, a gente pediu uma liminar para suspender a utilização em todo território nacional do retardante químico Fire Limit e suspender a compra de 20 mil litros desse produto que, diga-se de passagem, era com dispensa de licitação em virtude da urgência. Mas já estamos em período de chuvas e o MMA ficou três meses sem ações para combater incêndios", argumenta Neto.

O fabricante do produto informa que o Fire Limit não é tóxico e é biodegradável.

Notificação do governo de Goiás

Em ofício, na terça-feira (13), a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad), notificou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (IMCBio) sobre o uso do retardante de fogo em área goiana, o que é proibido no estado.

A pasta exige os seguintes esclarecimentos: qual foi a localização do despejo, a composição do produto e os impactos sobre a água, o solo, a fauna e a flora da região.

*Com informações do G1

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