Após uma ameaça de greve, o Sindicato das Empresas de Transporte Público e Passageiros de Goiânia e Região metropolitana (SET) e o Sindicoletivo irão se reunir na manhã dessa quinta-feira (12) , no Tribunal Regional do Trabalho 18ª região (TRT- 18ª), para tentar um acordo ao pagamento dos retroativos dos motoristas das empresas de transporte público.
Diretor financeiro do Sindicoletivo, Carlos Alberto dos Santos afirma que a possibilidade de greve em Goiânia realmente existe. Segundo ele, as empresas insistiam em não aumentar o salário e nem o ticket de alimentação dos funcionários, e pediam que eles abrissem mão das cestas natalinas, aceitando ainda o parcelamento do décimo terceiro em três pagamentos.
" O salário que estamos recebendo é desde março de 2019!", afirma Carlos Alberto.
Na primeira reunião que aconteceu no domingo (8/11), o SET fez sua proposta de reajuste de 3,75% para os salários e 5% para o ticket alimentação, conforme a necessidade dos trabalhadores e dentro da crise econômica. Entretanto, Carlos Alberto alegou que as empresas estão relutantes em pagar os retroativos dos funcionários e que isso traz um alto prejuízo aos prestadores de serviço.
"Nós achamos que é um prejuízo muito grande, uma vez que apesar de ter passado esses meses, tivemos um prejuízo porque não recebemos o salário em um país de inflação corrente. Ele (SET) quer que abrimos mão do nosso direito.", alega Carlos.
Com isso, a reunião acontecerá amanhã às 9h no TRT 18ª para uma possível negociação dos retroativos desses prestadores. Carlos afirma que espera o bom senso dessas empresas para uma solução benéfica a todos, para que não ocorra uma possível greve. Caso não houver um acordo, uma assembleia será feita para discutir o destino dos trabalhadores.
"Faremos uma assembleia onde os trabalhadores vão decidir o nosso destino. Greve ou aceitar o acordo mesmo sendo tão ruim!", finaliza o diretor de finanças do Sindicoletivo.