Nesta sexta-feira (27) ocorre o dia mais esperado por todos os consumidores, a Black Friday. É nessa data que varejistas tem a opção de fornecer produtos com 50% até mais de 70% de desconto para atrair clientes e aumentar as vendas para o final do ano.
Entretanto a população deve ficar atenta, pois nessa época, segundo informações do Procon Goiás, há vários relatos de maquiagem de preço, que ocorre quando comerciantes elevam o valor dos itens na véspera da Black Friday para simular um desconto, e a não entrega do produto, observada principalmente nas compras on-line que devem registrar um grande volume de vendas como legado da pandemia. Sendo assim, os consumidores ao invés de aproveitar os benefícios da Black Friday, acabam caindo nas garras da Black Fraude.
Pensando nisso, o Superintendente do Procon Goiás Allen Viana traz algumas dicas para que os consumidores não sejam vítimas da Black Fraude. A primeira, segundo ele, é o planejamento.
“Um dos componentes que vai poupar o consumidor de alguns riscos é exatamente o planejamento. O planejamento sobre o que ele está verdadeiramente interessado, necessitado, para que ele não fique sujeito aquela compra pelo impulso, ou aquela atração muito comum dessas propagandas. ” – explica Viana.
Para o superintendente, se não houver um planejamento o consumidor poderá estar sujeito a fraudes.
“Se o consumidor não tiver noção dos seus gastos, não tiver planejamento, ele acaba sendo induzido a simplesmente aproveitar a onda, aproveitar a promoção, aproveitar a liquidação e obviamente nesse impulso emocional poderá cair nesses golpes, nessas fraudes” – finaliza Allen Viana.
Para que compradores possam fazer um acompanhamento mais detalhado, no site do Procon-GO há pesquisas de preço, para que sejam feitas comparações, trazendo mais segurança na hora de fazer as compras na Black Friday.
Allen afirma que o histórico de pesquisas permite que o consumidor consciente tenha também um dado concreto para monitorar os preços e até que ponto um anúncio da Black Friday refletirá uma promoção.
Compras online na Black Friday em sites sem segurança, são caminho para cair na Black Fraude
Com relação a compras online, o superintendente alerta que os casos mais comuns são os de espelhamentos de sites de compras já conhecidos. Que é quando um estelionatário cria uma página com o mesmo nome de sites de grandes empresas varejistas e espalha vários anúncios, e-mails promocionais para que pessoas acessem e caiam no golpe, havendo a possibilidade de ter os dados bancários clonados.
Para evitar esse tipo de situação Allen Viana aconselha que “o consumidor tenha muita cautela ao clicar em links que são encaminhados por e-mail ou por whatsapp” e “que ele evite fornecer dados bancários, dados de cartão de crédito, sem uma verificação prévia a idoneidade da loja”.
Outro ponto importante que Viana destaca é sobre sites de lojas fantasmas que fazem promoções imperdíveis e até abaixo do preço de mercado, que aceita somente transferência bancária ou pagamento via boleto. Segundo ele, há casos de compra nesses tipos de site em que a vítima efetua o pagamento e a encomenda não chega, sendo impossível, depois, o rastreamento da loja ou da conta bancária.
Afim de conter esse tipo de constrangimento, o superintendente orienta para que o consumidor privilegie sites já conhecidos, que ele, uma pessoa próxima, já tenha tido algum relacionamento ou feito alguma compra e que experimente fazer um contato prévio com a loja.
“Após todas as indicações e verificações, se ele se sentir confortável, poderá finalizar a compra.” – finaliza Allen Viana.
Para evitar que o consumidor seja enganado durante o período de promoções, o Procon do Rio de Janeiro por exemplo divulgou uma relação de sites que o consumidor deve evitar para não ter dor de cabeça depois.