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Os usuários do transporte público de Goiânia, tiveram uma surpresa na manhã deste sábado (19/12), pois não há ónibus circulando na capital. A razão disto é que os motoristas de ônibus aderiram uma greve geral na manhã de hoje e apenas o Eixo Anhanguera segue funcionando normalmente.
A informação sobre a paralização geral foi confirmada pela Rede Metropolitan do Transporte Coletivo de Goiânia (RMTC Goiânia), por meio de um comunicado publicado no Twitter. Na mensagem postada no miniblog, a informação trás que a paralisação é em virtude do não pagamento dos salários de novembro e nem do 13º salários dos funcionários do transporte coletivo.
Confira a mensagem que informa a paralisação dos serviços na capital:
Greve dos motoristas de ônibus já vinha sendo tratada há algum tempo
Vale lembrar que há alguns dias, os motoristas de ônibus da capital ameaçaram entrar em greve, mas depois de diversas reuniões com as empresas e no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) conseguiram chegar a um acordo para manter o sistema funcionando.
Após a suspensão da greve nesse primeiro momento, passado alguns dias, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Adriano Oliveira, veio a público informar que devido a problemas financeiros os serviços poderiam ser paralisados na virada do ano.
Em nota enviada a imprensa a SET afirmou que havia o risco dos serviços serem paralisados neste final de semana, como de fato ocorreu. Na nota, o Sindicato informa que já trabalha para que a paralisação seja apenas neste final de semana, e para que na segunda-feira (21) o serviço seja normalizado.
Confira o comunicado do SET:
O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia, informa que as garagens da Cootego, HP Transportes, Rápido Araguaia e Viação Reunidas amanheceram paradas.
Os motoristas estão nas garagens, mas de braços cruzados. O SET lamenta o atual momento vivido pelo transporte e por todos os funcionários do sistema. Mas entende que perdeu totalmente a confiança e a credibilidade com os quase 5.000 funcionários do setor por não ter conseguido uma solução para o pagamento dos salários e 13º.
A paralisação dos trabalhadores é decorrente de uma falta de solução que o setor não encontrou até agora para o restante do pagamento dos salários de novembro que estão atrasados e quitação do 13º salário que as empresas propuseram ao sindicato dos trabalhadores parcelar e não chegaram a um acordo, bem como pela falta de segurança se haverá recursos para o pagamento dos salários de dezembro das empresas que fazem parte do sistema de transporte público.
As concessionárias estão trabalhando para que o serviço retome sua normalidade até segunda-feira. E afirma continuar na busca por uma solução para a crise instalada que, neste momento, a saída vislumbrada poderia ser o cumprimento, pelos municípios, do Plano Emergencial formulado pelo Estado de Goiás, que, inclusive, foi homologado parcialmente no processo judicial promovido pelo Ministério Público visando assegurar a manutenção da prestação do serviço de transporte público.
