A Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagou na manhã desta terça-feira (15) a Operação Navio Fantasma para desarticular uma associação criminosa especializada em forjar acidentes automobilísticos e receber altos valores pagos pelas seguradoras. O grupo chegou a explodir uma lancha de 50 pés avaliada em R$ 750 mil, em um dos golpes.
A ação cumpre 12 mandados de busca e apreensão nas regiões do Lago Sul, da Asa Norte, de Vicente Pires, Taguatinga, do Guará, de Águas Claras e do Núcleo Bandeirante.
As diligências da Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri), informaram que os investigados destruíram dez veículos e forjaram dezenas de acidentes envolvendo BMW, nos últimos dois anos, período em que agiram.
Segundo as investigações da DRF, os acidentes forjados ocorreram no setor de Clubes Esportivos Sul e na DF-140, nas proximidades do Complexo Penitenciário da Papuda, sempre durante a madrugada. Para o golpe, o grupo causava um choque proposital da coluna central dos veículos, dano estrutural que conduz necessariamente à perda total.
Para isso, a quadrilha adquiria veículos importados de difícil comercialização. Logo depois, contratavam seguros novos, com valor de indenização correspondente à Tabela Fipe. Então, em seguida, forjavam colisão proposital dos veículos, resultando em perda total.
Tentando dificultar a investigação da PCDF, os registros dos acidentes eram feitos pelos integrantes da quadrilha na Delegacia Eletrônica, e os bandidos se revezavam na condição de condutor, segurado (contratante), terceiro envolvido e recebedor da indenização. Com o mesmo objetivo, o grupo criou cinco empresas de fachada, em nome das quais eram registrados os veículos.