Na última segunda-feira (14), durante uma entrevista a Sagres, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Adriano Oliveira, afirmou que a crise nas empresas operadoras do transporte coletivo é grave e destacou a possibilidade de paralisação dos serviços na virada do ano.
De acordo com ele, a pandemia provocada pela Covid-19 agravou a situação que já era ruim. “Desde o início da pandemia nós alertamos sobre a situação do transporte, especialmente em relação à queda de passageiros que foi muito grande, consequentemente a receita das empresas caíram e as empresas tiveram que manter o serviço funcionando todo esse tempo”, explica.
Além dos prejuízos acumulados que já existiam - cerca de R$ 30 milhões, com os impactos provocados pelo coronavírus as empresas não tem capacidade de suportar a crise com as operações de créditos.
De acordo com Adriano Oliveira, durante a pandemia o prejuízo aumentou para R$ 75 milhões. “Se torna impossível as empresas irem à diante”, afirma.
Falta de apoio ao transporte coletivo
Para evitar a paralisação dos serviços de transporte, o presidente do SET argumenta que a sanção da PL-3364 (projeto que implicaria no repasse de R$ 4 bilhões pela União, aos Estados e Municípios), seria a saída. No entanto, o governo federal vetou o projeto de Lei.
“Era uma esperança grande que as empresas tinham de poder ter segurança para seguir operando”, diz Adriano. “É obrigação do Sindicato, em nome das concessionárias, alertar o poder público das dificuldades do sistema e dos riscos atrelados. E temos feito isto sistematicamente".
Uma outra solução é a prefeitura concordar e aderir o plano emergencial que foi proposto pelo Estado, no âmbito da ação civil pública do Ministério Público, defende o sindicato. “Estamos tratando, com um diálogo positivo, essa adesão ao Plano emergencial homologado pela Justiça”, aponta.
Conforme Oliveira, a adesão da Prefeitura pode impulsionar o aumento do limite de crédito das concessionárias junto aos bancos.