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O homem morreu depois de bater a cabeça durante uma discussão com a namorada, no dia 31 de dezembro, em Praia Grande, litoral de São Paulo. O filho mais velho de Marcos Ramos, de 39 anos, disse nessa segunda-feira (18) que a vítima seria pai de gêmeos.
Em depoimento, a namorada de Marcos disse à polícia que empurrou o homem para se defender de uma agressão. Segundo ela, o homem caiu no chão, bateu a cabeça e não resistiu aos ferimentos. A polícia prendeu a mulher em flagrante.
Marcos Ramos era voluntário como professor de capoeira e trabalhava com registro em uma empresa. Segundo o filho de criação, Richard Henrique Marques Lopes, de 19 anos, o pai e a namorada tinham um relacionamento há cerca de um ano e a companheira de Marcos está no terceiro mês de gestação.
Richard disse que o pai de criação estava animado para a chegada dos filhos biológicos, já que estaria realizando um sonho. De acordo com o jovem, Marcos teve um relacionamento com a mãe dele por 10 anos, e, mesmo após o término, mantinha contato com o professor.
“Ele conviveu 15 anos com minha mãe e nunca a machucou. Entrou na minha vida quando eu tinha 2 anos, não temos o mesmo sangue, mas ele é o meu pai. Cuidou de mim, educou, foi meu pai de verdade. Criou um trabalho espetacular na capoeira com as crianças que mais precisavam. Não posso ter certeza de nada, mas para mim e minha família ele sempre foi uma pessoa muito querida e amada“, contou Richard.
Para a Polícia Civil, a mulher contou que ela e Marcos haviam acabado de voltar da praia, então os dois iniciaram uma discussão porque ele não encontrava a chave do portão. Na briga, a mulher disse que Marcos deu um soco em sua cabeça e ela teve a reação de o empurrar para se defender. Nisso, o homem bateu a cabeça e acabou morrendo.
Gravidez de Gemêos
Nas redes sociais, a namorada de Marcos fez uma postagem início de janeiro, em que falava sobre a gravidez e dizia que o casal esperava ansiosamente pelo nascimento dos filhos.
Richard relembra a animação do pai com a chegada das crianças. “Eram os primeiros filhos biológicos dele. Era um sonho do meu pai, ele estava muito feliz com a chegada deles. Sempre que nos víamos conversávamos, não tínhamos um contato diário, mas sempre que eu ou ele precisávamos estávamos ali um para o outro”, destaca.
