Em Goiânia duas médicas denunciam que em seus cartões de vacinas digitais, constam doses indevidas da vacina contra a Covid-19. No aplicativo do Sistema Único de Saúde (SUS) constam três doses para cada médica. No entanto, as mesmas reconhecem apenas duas, que são justamente as imunizações em duas etapas com a CoronaVac.
A outra dose se trata da vacina da Astrazeneca, lançadas com o CPF das médicas. Elas garantem que não receberam a vacina e suspeitam que outra pessoa pode ter sido prejudicada com o suposto erro de aplicação. Uma das profissionais afirma ter recebido as doses no hospital que trabalha. Sendo a primeira em janeiro e a segunda em fevereiro, com um intervalo de quatro semanas.
A médica também alegou que o erro não foi apenas com ela, que existem outros colegas que também constam vacinas a mais, ela acredita que esses casos devem ser averiguados. Contudo, a profissional já registrou denúncia no Conselho Nacional de Medicina de Goiás (Cremego). A entidade informou que o caso é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, que também já foi informada.
Contudo, quem cuida a imunização e informações dos vacinados na capital é a Secretária Municipal de Saúde de Goiânia (SMS). Assim, a pasta informou que houve um erro na digitação dos dados no Sistema Nacional de Imunizações da Covid-19 (SI-PNI-Covid-19). O responsável pelo sistema no entanto é o Ministério da Saúde (MS), que já esta ciente do erro.
A secretaria reforçou que o erro nos dados não vai prejudicar a profissional e nem a quantidade de doses disponíveis na secretaria, pois a dose nunca foi aplicada.
Segunda médica
A outra profissional da saúde que teve o erro no cartão digital, informou que no cartão físico constam apenas as duas doses da CoronaVac, uma em 27 de janeiro e a segunda em 24 de fevereiro. Porém, quando olhou no sistema surgiu a primeira dose da Astrazeneca, onde afirma não ter recebido a dose.
"Na hora que eu vacinei, chequei tudo direito. Na ampola era CoronaVac, estava tudo ok. Então acho que aconteceu um erro grave que não pode acontecer. É um prejuízo para outra pessoa que poderia estar recebendo se ela estiver esperando", disse a médica.
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