Podcast
Webstories
Facebook
Twitter
E-mail
Linkedin
Telegram
Em Itirapina (SP), um erro fez com que 46 pessoas fossem vacinadas por engano, contra a Covid-19. O caso aconteceu na última terça feira (13). 18 adultos, sendo uma gestante, e 28 crianças receberam a CoronaVac, no lugar da dose contra gripe.
De acordo com o infectologista, Bernadino Souto, ainda não há testes suficientes dos efeitos da CoronaVac em gestantes ou crianças. Ele recomenda que as pessoas que receberam as doses sejam acompanhadas clinicamente.
"A luz da experiência com outras vacinas feitas com vírus inativado é possível que as crianças e gestantes não tenham efeitos adversos importantes. Mas, não há estudos clínicos suficientes para dar essa certeza. É adequado manter essas pessoas sob monitoramento ao longo de algumas semanas ou meses. A verificação deve acontecer caso alguma ocorrência esteja relacionada à vacina. No caso das gestantes, é adequado que também seja feito com os recém-nascidos."
A Secretária Municipal de Saúde da cidade informou que o erro só foi percebido durante o controle de estoque das vacinas. Segundo a Prefeitura, uma técnica de enfermagem, enviou por engano os frascos de CoronaVac para o local onde acontecia a vacinação.
A Campanha de imunização contra a gripe começou na segunda feira (12). A fim de não causar conflito com a vacinação da primeira etapa da Covid-19, o vacina da gripe foi destinada às crianças maiores de 6 meses e menores de 6 anos. Gestantes, mulheres em pós parto, povos indígenas e trabalhadores da saúde também vão receber as vacinas contra a gripe.
Sobre os casos
Entretanto, a preocupação atual se encontra nas mães das crianças que foram vacinadas. A mãe do Pedro, 1 ano e 10 meses contou que ao receber a noticia sobre o engano ligou desesperada para a pediatra do filho.
"Por ser a CoronaVac, ela acredita que não haverá reações, porém, eu tenho que observar e passar tudo para ela. A pediatra me orientou que eu não fizesse nenhum tipo de exame por fora", explicou Jéssica Aparecida.
Outra mãe demonstrou bastante preocupação quando descobriu que eu filho de dois anos havia tomado a vacona contra a Covid-19. Taíza Favaro disse que na Vigilância queria marcar a segunda dose da vacina, mas ela tem receio. "Eu entrei em contato com a pediatra e ela orientou a não tomar a segunda dose", contou a mãe.
Acompanhamento e apuração
Assim, a Secretária de Saúde de Itirapina comunicou à Vigilância Epidemiológica sobre a falha e solicitou orientações.
“Todas as providências para a segurança dessas pessoas foram tomadas e, segundo orientação dos médicos especialistas consultados, o fato não traz riscos para a saúde dos envolvidos”, afirmou a Prefeitura de Itirapina, por meio de nota.
A prefeitura ainda disse que todos os vacinados foram comunicados pessoalmente e que uma equipe médica foi disponibilizada. Os envolvidos serão avaliados e orientados de perto durante o período de 14 dias.
A prefeitura ainda ressaltou que até o momento nenhuma anormalidade foi detectada. Entretanto, a Secretária de Saúde já informou que as providências na apuração do fato já estão sendo realizadas.
O Instituto Butantan informou que não recebeu nenhuma notificação sobre o ocorrido. “Conforme indicado em bula, a vacina é indicada para indivíduos com 18 anos ou mais e não há conclusões científicas até o momento de segurança ou eficácia da vacina na população pediátrica ou em gestantes”.
A Secretaria Estadual de Saúde informou que é responsabilidade dos municípios monitorar eventos adversos e seus pacientes. O Ministério da Saúde disse que irá se informar sobre o caso antes de se pronunciar.
Leia também:
