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Motoristas do transporte coletivo de Goiânia entram em greve nesta sexta-feira

Os motoristas do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia decidiram decretar greve no serviço operacional a partir da meia-noite desta sexta-feira (9). Segundo o Sindicato Intermunicipal de Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindicoletivo), o objetivo principal é reivindicar a vacina para a categoria. A paralisação é por tempo indeterminado.

O Sindicato diz que se houver uma sinalização das autoridades de que os motoristas da Região Metropolitana serão inseridos já nas próximas etapas do Plano de Imunização, uma nova assembleia poderá ser convocada para cancelar a suspensão do serviço.

“Achamos que estamos muito expostos. Nós carregamos de 700 a 1 milhão de passageiros todos os dias e os índices estão muito alarmantes. A gente vem pleiteando por meio de oficio todas as autoridades para que a gente seja incluído no grupo prioritário. Enquanto um passageiro tem contato com dois ou três motoristas por dia, nós temos contato com milhares de passageiros”, ressalta o diretor financeiro do Sindcoletivo.

Representante do Sindcoletivo, Carlos Santos, afirma que a greve até então continua positivo para sexta-feira (9). De acordo com ele, esta tudo dentro das normalidades e que estão aguardando posicionamento, onde será deflagrado nesta madrugada.  

''Até agora infelizmente nenhuma autoridade nos procurou com interesse de parar a greve. Porque a greve não está em nossas mãos, está nas mãos das autoridades. Trabalhar na linha de frente como motorista de ônibus, morre mais gente do que na linha de frente numa guerra'', afirma Carlos Santos, representante do Sindcoletivo. 

Sindicato das empresas de transporte coletivo defende vacinação, mas é contra a ideia de greve

Diante da decisão da greve do transporte coletivo publicado pelo Sindcoletivo para a zero hora desta sexta-feira (9), onde os motoristas reivindicam pela a vacina contra a Covid-19 para a categoria, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET), manifesta que é totalmente a favor da vacinação dos trabalhadores do transporte público coletivo, mas que a paralisação do serviço não é a solução.

De acordo com o SET, trata-se de uma ação ruim para toda a população na região metropolitana de Goiânia. “Paralisar o transporte público neste momento será muito danoso para as cidades atendidas pela RMTC – Rede Metropolitana de Transportes Coletivos, e para a manutenção dos serviços essenciais, em especial os setores de saúde e alimentação, que correspondem a 55% de todos clientes que fizeram o cadastro no Embarque Prioritário”, avalia Alessandro Moura, vice-presidente do SET.

Alessandro Moura ainda acrescenta, “vivemos um momento crítico, e é lamentável o uso político que está sendo feito por parte do sindicato dos trabalhadores com essa reivindicação, pois mesmo sendo a vacinação justa e apoiada e defendida pelo SET, a solução requer sensatez para buscar o pleito”.

Alessandro explica que todas as vacinas estão sendo distribuídas a partir do Plano Nacional de Imunização definido pelo Ministério da Saúde, que fez, inclusive a definição para as prioridades na vacinação. Na noite da última quarta-feira (7), o presidente do STF, ministro Luiz Fux, julgou improcedente o pedido de suspensão da decisão do TJ. “Portanto, todos temos que trabalhar para manter o serviço em operação, dando sua contribuição para a manutenção da mobilidade e da vida de cada cidadão, mesmo tendo que assumir alguns riscos”, sentencia Alessandro Moura.  

Em Goiás o índice de letalidade da doença desde o seu início no estado está 2,47%. “Lamentamos profundamente sobre cada profissional que fica contaminado ou morre em decorrência da COVID-19. Isto deixa todos nós muito triste. Desejamos que todos sejam vacinados o mais breve possível, mas por outro lado sabemos o quanto é complexa toda solução que envolve o governo federal”, diz Alessandro Moura.

A programação operacional está pronta para o dia de amanhã e a expectativa é que funcione 100% com a frota programada, a frota extra e a reserva técnica possível de rodar.

“A grande maioria dos profissionais que atuam na rede metropolitana de transporte público coletivo na grande Goiânia não querem fazer greve e entendem a importância de manter o serviço funcionando. Todas as concessionárias estão preparadas para funcionarem normalmente amanhã”, conclui Alessandro Moura, vice-presidente do SET.

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