Três pessoas foram presas suspeitas de combinarem o estupro de uma menina de 11 anos em troca de dinheiro, na zona rural da cidade de Buriti Bravo, em São Luís (MA). Segundo a polícia, os envolvidos são os pais da garota e o homem que pagava para cometer o crime. O casal usava o dinheiro da troca para consumir bebida alcoólica, aponta as investigações.
O três mandados de prisão temporária foram cumpridos pela 12ª Delegacia Regional de São João dos Patos, através da Delegacia de Polícia de Buriti Bravo.
Ao G1, o delegado Carlos Eduardo, titular da Delegacia de Buriti Bravo disse que o caso começou a ser investigado após uma denúncia do Conselho Tutelar de Buriti Bravo. Os presos são investigados pelos crimes de estupro de vulnerável, favorecimento à prostituição, abandono material e maus-tratos às crianças.
Investigações
Conforme as investigações, o casal levavam a criança para a residência do autor do estupro, onde os abusos aconteciam. Os pais da menina entregavam a filha para o estuprador em troca de dinheiro, para o consumo de bebida alcoólica, informou o delegado.
O casal ainda tem outras cinco crianças, entre 9 e 2 anos. Elas também moravam na residência com os suspeitos e eram vítimas de maus-tratos e abandono por parte dos pais.
Segundo a polícia, as investigações continuam, porque há a suspeita de que outras duas filhas do casal também foram aliciadas.
“Com o avançar das investigações, nós descobrimos que a vítima de 11 anos tinha duas irmãs mais velhas, uma de 13 anos e outra de 15. E existia a suspeita de que elas teriam saído de casa justamente por conta desses possíveis aliciamentos, por parte dos próprios pais. No caso, a irmã mais velha só é irmã da vítima por parte de mãe. O desenrolar das investigações é para angariar mais provas, mais detalhes. A gente vai continuar com as investigações no sentido de esclarecer se existem outras vítimas e outros autores”, explicou o delegado Carlos Eduardo.
Conselho Tutelar
O delegado informou ainda que a polícia conseguiu rapidamente colocar a vítima de 11 anos na casa de um parente próximo. Além disso, após a prisão dos pais, o Conselho Tutelar foi acionado para que providenciar o acolhimento das outras cinco crianças que residiam com o casal.
“Agora o Conselho Tutelar vai colocar elas com algum familiar próximo ou em uma família substituta, seguindo os procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente. A situação dessas crianças é muito precária e sensível. Quando fomos fazer a prisão do casal, as crianças ainda nem tinham tomado café, e providenciamos alimento para elas. Uma situação calamitosa e traz um pouco de alento o fato de termos conseguido fazer cessar essas barbaridades que estavam acontecendo”, afirmou Carlos Eduardo.
*Com informações do G1.
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