O caso de uma bebê que teve a clavícula quebrada após o parto está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A criança nasceu em 29 de março no Hospital Regional de Santa Maria, onde os pais denunciam que houve descuido por parte dos profissionais durante o nascimento da bebê.
O pai da menina, Júlio Cezar do Vale Bezerra, 35 anos, contou que no dia 29 chegou ao hospital com a mulher, Jéssica Lima de Moraes, 28, que já estava em trabalho de parto. Segundo ele, não foi possível acompanhar a companheira na sala de parto, pois foi impedido logo na triagem.
“Quando autorizaram o acesso, a Jéssica estava com a bebê enrolada em uma coberta, no colo. Foi parto normal. Não pude presenciar o nascimento da minha filha, ver a equipe médica. Apenas me deram os ‘parabéns’, após todo o procedimento”, disse Júlio Bezerra ao Metrópoles.
No dia seguinte ao nascimento da criança, ele relata que um pediatra visitou o leito onde a família estava. Na ocasião, o profissional examinou a criança e suspeitou que a bebê Mirella Lima Vale estava com a clavícula direita quebrada.
Diante do caso, o profissional orientou que fosse feita uma radiografia. De acordo com o pai da bebê o médico estranhou e questionou se alguém já havia informado sobre a lesão, pois ele percebeu que a criança estava claramente com o osso quebrado.
Os resultados do exame comprovaram a fratura. Para a família, o que ocorreu foi um descuido por parte dos profissionais durante a realização do parto. Os pais relataram que após a constatação, foram informados pela equipe médica de que o problema seria resolvido de “forma natural”. Para isso, os profissionais orientaram o casal a deixar a recém-nascida deitada, para que a lesão fosse atenuada.
A família teve alta do hospital em 7 de abril, mas apesar disso foram orientados a consultar um ortopedista. No entanto, o pai alega que passa por um memento de incertezas, já que o agendamento só estará disponível a partir de 22 de abril. "Eu quero apenas um atendimento para a minha filha. Não dormimos mais, ela chora de dor. Temos medo da demora causar um problema permanente", desabafou Júlio Bezerra.
O caso está sendo investigado pela 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria). O delegado Paulo Fortini ponderou que a situação requer cautela. “Ainda é cedo para dizer se houve erro médico. Essas situações são delicadas e exigem cuidado. Só ao fim do inquérito é que poderemos determinar se houve alguma conduta culposa, ou não, dos envolvidos”, explicou.
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