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SP: “Morreu por ser gentil”, afirma marido de mulher morta por vizinho

Charles da Silva Vicente, marido de Aline dos Santos Viana, de 32 anos, que morreu após ser atacada por um vizinho na garagem de prédio em São Vicente (SP) na última sexta-feira (9/04), afirma que ele e a esposa conheciam o vizinho que a matou apenas “de vista”. A mulher foi morta após o autor do crime ter pedido para que ela abrisse uma porta para ele, pois estava sem chave.

Segundo Charles, não havia motivações para que o suspeito cometesse o crime. "Ela não fez nada. Foi ser gentil com um vizinho e tomou um soco. Morreu pra nada, por nada, sem defesa", desabafou.

Aline dos Santos Viana, de 32 anos, foi encontrada morta pelo marido — Foto: Reprodução/Facebook

Imagens do circuito de segurança do prédio revelam que o vigilante Washington Andrade de Jesus, de 36 anos, deu um soco em Aline. Após a agressão, a gravação mostra que a vítima desmaiou e foi arrastada pelo suspeito para a escadaria do prédio, onde ela foi encontrada morta.

A polícia foi acionada, mas quando chegou o vigilante botou fogo no apartamento dele, se jogou do 7º andar e morreu no local. A Polícia Civil investiga o caso e ainda não se sabe a causa da morte da mulher.

"nunca curti ele"

De acordo com Charles, o casal não era próximo do vizinho e os dois evitavam o vigilante. "Eu não tinha nenhuma [proximidade com o vizinho]. Nunca fui com a cara dele, nunca curti ele", disse. Ele afirmou, ainda, que a esposa concordava com a desconfiança. "Minha mulher a mesma coisa. A cara dele já assustava a gente".

Ao G1, ele contou que Aline nunca falou sobre alguma atitude que pudesse apontar traços de violência ou perseguição do vizinho com ela. "Eu acho que ele ficou de olho no tempo que ela ia sempre pro trabalho e atacou ela nesse momento", disse.

Charles ainda relatou que momentos antes do ataque, o vizinho brigou com a namorada. Para ele, a esposa recebeu as agressões que seriam para a namorada do suspeito, já que a companheira do vigilante não estava em casa no momento do crime. "Acho que ele não conseguiu bater na mulher dele, que saiu de casa, e ele pegou a minha mulher. Acho que a minha mulher sofreu o que a mulher dele não sofreu", diz.

"O inimigo que mora ao lado"

Segundo Charles, após a morte da companheira, ele saiu do apartamento, onde os dois moravam havia mais de um ano. 

"Se cuidem, mulheres, vocês não estão seguras em lugar nenhum. A minha esposa foi uma mulher cem por cento maravilhosa. Tivemos duas filhas lindas. Era uma família feliz, mas o inimigo que mora ao lado não curtiu", disse ele ao G1.

A mulher deixou, além do marido, duas filhas, uma de sete meses e outra de três anos.

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