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25 pessoas morrem após tiroteio no Jacarezinho

Um tiroteio na Favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou pelo menos 25 mortos, entre eles um policial, e dezenas de pessoas feridas. É o maior número de mortes durante uma operação da polícia em uma comunidade. O tiroteio ocorreu durante a realização da Operação Exceptis, que investiga uma organização criminosa que atua na comunidade.

Ente as vítimas, está o agente André Frias, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) que foi baleado na cabeça. Ele chegou a ser levado ao Hospital Municipal Salgado Filho, mas o estado era grave e ele não resistiu. Outros dois policiais também foram atingidos de raspão no braço e panturrilha e têm quadros estáveis.

Segundo a Polícia Civil, a ação coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), investiga o grupo pelo aliciamento de crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território. A organização criminosa, explora os menores para práticas como o tráfico de drogas, roubo de cargas, roubos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, dentre outros crimes praticados na região.

A circulação dos transportes públicos na região foi interrompido durante o confronto. Escolas e unidades de saúde também ficaram fechados, suspendendo entre outros serviços, a vacinação contra a Covid-19.

O MetrôRio informou que os “dois clientes foram atingidos na altura da estação de Triagem, após o vidro de uma das composições aparentemente ser atingido por projétil”. Os passageiros feridos foram socorridos e também têm quadros estáveis.

Até o momento, os trens do Ramal Belford Roxo seguem impedidos de circular entre as estações Del Castilho e Belford Roxo (o trecho até a Central do Brasil está suspenso por conta dos confrontos).

Buscas foram realizadas nas plataformas da estação de trem que fica na comunidade. Por conta das barreiras feitas pelos criminosos, as viaturas policiais precisaram ser desembarcadas em diversos pontos da comunidade.

Segundo a plataforma digital Fogo Cruzado, que registra dados de violência armada desde julho de 2016, é o maior número de mortes durante uma operação da polícia em uma comunidade desde o início dos levantamentos.

As operações em favelas estavam suspensas desde junho do ano passado, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu ações apenas em "hipóteses absolutamente excepcionais", por conta da pandemia.

*Com informações do Metrópoles.

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