Com o intuito de desarticular uma quadrilha especializada em falsificação de peças automotivas no centro oeste, a Delegacia de Crimes contra o Consumidor (Decon) em conjunto com a Associação Brasileira de Combate a Falsificação, deflagrou uma operação na quarta-feira, 26, na qual cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em Itapuranga.
De acordo com as informações divulgadas, a equipe policial chegou ao grupo após receber diversas denúncias sobre os crimes. Na ação, a polícia foi até o QG da organização criminosa na cidade de Itapuranga, no interior do estado, e apreendeu milhares de peças automotivas falsificadas em quatro endereços, sendo um na sede da empresa, e outros três que eram usados como depósito ou local de gravação ou embalagem das peças falsificadas.
A polícia informou que nos endereços foram apreendidas peças como velas, lâmpadas automotivas, pastilhas de frio, kits pistão e motor, embreagens, juntas de cabeçote todas falsificadas e imitando as líderes do mercado.
Peças automotivas falsificadas eram importadas da China e embalagens eram feita em gráficas clandestinas
Durante as investigações, a equipe policial constatou que grande parte dos produtos, eram importadas da China, e eram usadas declarações falsas de importação, sem marca e a granel. A polícia afirma também que quando o material chegava aos depósitos da quadrilha, eles eram gravados e empacotados em uma imitação de marcas famosas, no entanto, as embalagens também eram falsificadas em gráficas clandestinas.
O material foi apreendido e transportado para a sede da Decon em Goiânia. Na delegacia, o mesmo vai ser submetido a perícia para atestar que as peças foram falsificadas. Vale ressaltar que foi expedido um mandado de prisão preventiva decretado contra o líder do grupo criminoso, mas ele não foi encontrado e está foragido.
Responsável por coordenar a ação, o delegado Frederico Maciel, afirma que essa foi a maior operação de combate à falsificação de autopeças deflagrada no país nos últimos três anos, e supera a operação Carango, desencadeada pela própria Decon em 2019, que teve como alvo a mesma quadrilha.
De acordo com a polícia, o número de peças falsificadas apreendidas, passa das 300 mil, e são de diversas marcas e modelos, o que faz desta a maior operação deflagrada no Brasil nos últimos três anos.
Vale lembrar que o consumidor é o principal lesado, pois, paga o valor de uma peça original, e pelo fato de serem falsificadas correm o risco de se envolver em acidentes graves que podem até mesmo ser fatais para os ocupantes dos veículos pelo fato das peças serem falsas.
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