Maria da Paz Meira, 62 anos, se deslocou até o Cais Cândida de Moraes, em Goiânia para tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, a CoronaVac, mas acabou recebendo a vacina contra a gripe.
O caso aconteceu na última quarta-feira (12) e conforme relato da filha, a funcionária pública Keila da Paz Meira Ferreira, ficou indignada com o erro e teme pela a mãe com medo dela não ficar devidamente protegida contra a Covid-19.
''A imunidade não é a mesma, com certeza não vai ser. Outra coisa: vai ter CoronaVac para a minha mãe? Fiquei muito indignada, voltei, questionei as enfermeiras. Estou revoltadíssima com essa troca de vacinas. Com o papel na mão, fizeram outra vacina'', disse a filha da idosa.
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SM), já tem conhecimento do ocorrido e lamentou a situação. '' A direção do Cais Cândida de Moraes já foi notificada para que reforce os cuidados com a vacinação junto a equipe de enfermagem para evitar que mais casos semelhantes ocorram''.
Ainda de acordo com a pasta, a segunda dose da vacina contra a Covid-19 da aposentada, está garantida.
A preocupação de Keila, filha da idosa, se deve ao fato de a mãe já ter tomado a 1ª dose da CoronaVac no dia 19 de abril. E conforme informações do Butantan, o melhor desempenho deste imunizante ocorre quando as doses são aplicadas com o intervalo máximo de 28 dias entre elas. Sendo assim, o ideal é que a idosa recebesse o reforço até a próxima sexta-feira (14).
Como a idosa se vacinou contra H1N1, ela precisa esperar ao menos 14 dias para receber a vacina contra a Covid-19, segundo recomendação das autoridades em saúde. Com o erro, a idosa so pode tomar agora a segunda dose após o dia 26 de maio, 40 dias depois da primeira aplicação do imunizante.
Segunda dose é essencial
Mesmo após um intervalo maior que o indicado entre as duas doses, o Ministério da Saúde já divulgou a importância de tomar a segunda dose do imunizante. É essencial que, mesmo após o prazo ideal, a pessoa receba a 2ª dose para garantir a proteção contra a Covid-19.
Ainda de acordo com o órgão é "improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal". Mas ressalta que esses atrasos devem ser evitados. ''Uma vez que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose".