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A quantidade de crianças que precisou de assistência do Programa de Proteção à Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) no estado de São Paulo quase dobrou nos últimos dois anos.
Segundo dados obtidos pela GloboNews, foram atendidas 78 crianças, entre janeiro e abril de 2019. No mesmo período de 2021, houve um crescimento de 98% e o número saltou para 155
O objetivo do PPCAAM - programa da Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo e existe desde 2012, é investigar denúncias de violência contra a criança que chegam através do Disque 100 ou do Ministério Público, eles agem para proteger a criança e familiares em risco, muitas vezes, levadas para abrigos em outros municípios.
O secretário da Justiça e Cidadania, Fernando José da Costa, afirma que mesmo com o aumento de protegidos, ainda há subnotificação.
"Como as crianças muitas vezes são ameaçadas pelos próprios familiares, é muito difícil procurar Conselho Tutelar, Ministério Público ou uma autoridade policial. Se vizinhos ou outras pessoas ficarem sabendo dessas ameaças, da violência praticada, por favor informem as autoridades públicas. O Conselho Tutelar é o órgão feito para proteger a criança e retirar do convívio com aquela família na qual ele sofre riscos", explicou.
De acordo com os dados, o número de solicitações de proteção caiu de 30 em 2019 para 25 em 2021. O que ocorre porque em uma mesma denúncia pode haver mais de uma criança ameaçada.
Também é comum que mais pessoas da família tenham que receber assistência de proteção juntamente com a criança.
O total de pessoas protegidas, incluindo crianças e adultos, foi de 198, entre janeiro e abril. No mesmo período de 2021, foi de 313, crescimento de 58%.
