Uma mulher de 34 anos foi presa suspeita de se passar por funcionária da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD)para cobrar propina de fazendeiro, em Goiás.
Segundo as investigações, a suspeita se passava por fiscal da Semad, ela entrava em contato com as vítimas, por telefone, e pedia dinheiro para evitar que a fiscalização fosse até a propriedade. A mulher foi presa na última quarta-feira (9), em Goiânia, depois que policiais militares, por meio do Batalhão Ambiental, se passaram por fazendeiros e marcaram um encontro com a suspeita.
‘’ Ela marcou um encontro com uma pessoa para pegar o dinheiro de uma suposta propina que ela estava cobrando. E foi exatamente onde o Batalhão Ambiental trabalhou em conjunto com a Semad para trazer essa pessoa até a Justiça’’, explicou o tenente coronel Eduardo Paschoal.
Através de conversas por um aplicativo de mensagens, a mulher demonstrava que tinha o poder de intervir no processo de fiscalização da secretaria, assim, deixando a situação favorável a vítima, caso ela estivesse cometido alguma irregularidade.
‘’ A gente vai fazer um relatório no sistema como se o auditor estivesse ido lá e estivesse tudo dentro das normas exigidas. (…) Se, por exemplo, daqui dois meses vier a fiscalização do Ministério Público para lá, aí a gente faz outro relatório como se lá estivesse tudo dentro das normas exigidas’’, disse a suspeita em uma de suas conversas com um produtor rural.
As investigações
Segundo o superintendente de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável da Semad, Robson Santos, um fazendeiro de Jussara, região noroeste do estado, desconfiou de que se tratava de um golpe, e avisou a secretaria. Foi a partir daí que começaram as investigações contra a mulher.
‘’ Ela se apresentava como uma pessoa que tinha influência dentro da secretaria, que tinha acesso aos nossos sistemas, e que conseguia, inclusive, direcionar os fiscais de fiscalização para outras áreas. É importante ressaltar que ela não tem vínculo com a secretaria, não é servidora’’, esclarece o superintendente Robson Santos.
Segundo o superintende, ainda não é possível saber quantos fazendeiros caíram no golpe e nem qual o prejuízo que a suspeita provocou.