Na última quarta-feira (9), a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás deflagrou a segunda fase da operação Nisi Facilis. O objetivo era a desarticulação de quadrilhas especializadas no comércio criminoso de medicamentos. Os remédios eram de alto custo utilizados no tratamento de pacientes graves acometidos pela Covid-19 e outras patologias.
Equipes da Decon apreenderam na residência de um investigado, no Setor Negrão de Lima, em Goiânia, centenas de medicamentos de alto custo e de uso controlado. Se revendidos, os produtos somariam cerca de R$ 450 mil. O investigado, um homem de 33 anos, foi preso em flagrante pelo crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais. O crime é inafiançável em sede policial.
Entre as drogas apreendidas estão: a denominada Propofan (Propofol), utilizada para sedação de pacientes e procedimentos clínicos complexos. A medicação compõe o kit intubação, que atualmente está em falta no mercado, o mesmo é muito utilizado no tratamento de quadros graves da Covid-19 e outras doenças. Além de outros medicamentos como Cefriaxona, Heparina, Succinato sódico, Med pex e Etomidato.
De acordo com a Polícia Civil, foi constatado que, infelizmente, as pessoas consumia os medicamento em um momento que estão desestruturados pela dor, desespero, desequilíbrio emocional e psicológico, e também a fim de evitar a morte de entes querido. Sendo assim, adquiriam os produtos sem origem de procedência, indo contra às normas sanitária e por valores abusivos.
Desta forma, todos os envolvidos foram indiciados por associação criminosa e crime contra a saúde pública. A pena é classificada como hediondo equiparado a adulteração de medicamento, consistente no comércio ilícito de medicamentos. A primeira fase da operação foi deflagrada no final de maio último.