O servidor público federal, Henrique Celso Gonçalves Marini e Souza, foi preso em flagrante, no último sábado, 23, após atirar contra o cunhado e acabar ferindo a própria mãe, no Lago Sul no Distrito Federal. A mulher foi atingida no braço e encaminhada para o Hospital de Base.
Segundo o advogado da família, houve um "desentendimento", e o servidor agiu "em legítima defesa". Na casa onde ocorreu o crime, os PMs encontraram nove armas de fogo, uma espingarda de pressão e centenas de munições de vários calibres.
De acordo com o advogado, o cunhado do servidor sabia onde as armas estavam e, ao imaginar que o familiar fosse atirar, o homem disparou primeiro, atingindo a mãe, sem querer.
A defesa afirma que as armas eram do pai de Henrique Celso, um militar, já falecido. Ninguém na casa tem porte de arma.
A Polícia Civil recolheu o armamento, e a casa passou por perícia. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
Segundo o Portal da Transparência do governo federal, o suspeito trabalha na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e é piloto de avião comercial.
A PM afirma que foi chamada para o local do crime após alguém da casa ligar para o 190, dizendo que uma senhora tinha sido ferida pelo próprio filho e que ele fazia outros parentes reféns.
Segundo o aspirante José Paulo Brás Martinez da Silva, um dos policiais que atendeu a ocorrência, o homem resistiu à abordagem da corporação.
"O indivíduo que realizou o disparo se trancou em um quarto, e a equipe policial iniciou a negociação pra rendição dele. Após 1h30 de negociação, finalmente o indivíduo se entregou por livre e espontânea vontade", disse.
De acordo com os agentes, havia uma garrafa de whisky no quarto, e o homem além de estar sob efeito de álcool, pode ter tido um surto psicótico.
"O indivíduo alega que houve uma discussão familiar entre ele e o cunhado dele. [Disse] que não desejava atingir a mãe, mas que, por um erro na execução, ele acabou atingindo ela", relata o PM.
No domingo, 25, houve uma audiência de custódia e a Justiça manteve a prisão preventiva do servidor.