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O Diário da Manhã procura informar a comunidade de advogados quanto aos principais nomes que se colocam na disputa para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
As eleições ocorrerão em novembro e o vencedor terá um mandato de três anos à frente da autarquia especial que tem como missão orientar, regular e representar a categoria dos advogados no país.
O atual presidente da OAB é o advogado e professor de Direito Lúcio Flávio, que geriu a autarquia por dois mandatos. Apesar de ter o direito de pleitear um terceiro período de gestão, ele anunciou que não disputará as eleições deste ano.
A advogada Valentina Jungmann é uma das pretendentes da disputa. Ex-procuradora do estado e conselheira federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Valentina é professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e Pontifícia Universidade Católica (PUC), atuando na formação de jovens estudantes que, no futuro, serão advogados, juízes, delegados, etc.
Ex-presidente da instituição, Valentina será a primeira mulher a disputar as eleições da OAB. Tem concentrado seu diálogo com minorias da advocacia - como a mulher advogada e a advocacia jovem.
A pretendente já foi conselheira seccional da Ordem dos Advogados do Brasil-GO - escolhida por eleição direta, durante o biênio 1991/1992. Foi ainda diretora-geral da Escola Superior de Advocacia da OAB-GO, em 1991/1992, e vice-presidente da OAB, entre 1998/2000.
É atualmente conselheira federal por meio de eleição; membro consultivo da Escola Nacional da Advocacia, presidente da Comissão Nacional de Relações Institucionais do Conselho Federal da OAB, membro e secretária do Comitê de Crise Covid-19 do Conselho Federal e autora do “Projeto Valentina: Paridade Já!”.
Uma de suas bandeiras é o fim da desigualdade na carreira e o respeito à mulher advogada. Ela pede a defesa da participação igualitária entre homens e mulheres, com a eliminação de qualquer forma de desigualdade.
“Muitos afirmam que o Sistema OAB é presidencialista, todavia, não temos uma única advogada presidente de seccional eleita nas últimas eleições de 2019. Não temos nenhuma mulher na Diretoria do Conselho Federal. Na ESA Nacional os três diretores são homens. Mesmo representando mais da metade dos inscritos na OAB, não ocupamos sequer 30% dos cargos de direção e de decisão”, diz.
Valentina diz que as demais minorias também sofrem com a desigualdade. “Por outro lado, minha experiência, ou seja, minha atuação como advogada, privada e pública, por décadas, no cotidiano da profissão, faz com que eu conheça os problemas e dificuldades enfrentadas pela advocacia militante, o que possibilita o encaminhamento de ações específicas e objetivas para solucioná-los”.
Histórico
Valentina cursou direito na Universidade Católica de Goiás (UCG), hoje PUC-GO. Começou a trabalhar no escritório do avô Jorge Jungmann como estagiária, em 1982.
Tem atuado como advogada militante desde 1985, quando iniciou sua carreira na área trabalhista e, posteriormente, nas áreas cível, consumidor e ambiental.
Ela foi aprovada em concurso público de provas e títulos para o cargo de Procurador do Estado de Goiás, na 3º colocação, em 1990. Ao assumir o cargo de procuradora do Estado de Goiás, com lotação inicial na Procuradoria Judicial e final na Procuradoria de Defesa do Patrimônio Público e do Meio Ambiente, onde atuou até o final de 2019, desenvolveu uma atenção maior ao direito público.
Valentina dirigiu o Centro de Estudos da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (2007-2011) e o Centro de Estudos da Associação Nacional dos Procuradores do Estado de Goiás. Foi presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás por dois mandatos (2011-2013 e 2013-2015).
Atualmente é parecerista e consultora na área cível/recursal na sociedade de advocacia Cortez Amado.
Mediante concurso público de provas e títulos, desde 1987, atua como professora da PUC-GO, na Escola de Direito e Relações Internacionais, onde ministra aulas de Prática Jurídica Cível, e na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (FDUFG), desde 1995, ministrando aulas de Prática Jurídica Cível e Monografia Jurídica.
Valentina é mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutora em Direito também pela PUC-SP.
