O Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), indiciou, na última quinta-feira, 23, o policial militar, Alessandro de Oliveira Lopes, que agrediu, ameaçou e xingou um estudante de medicina, Lucas Leite, em uma distribuidora de bebidas em Goiânia, por ele ser gay.
Segundo o Geacri, o suspeito foi indiciado por ameaça, lesão corporal, injúria e por impedir o acesso em local público em razão de orientação sexual ou identidade de gênero. O inquérito finalizado foi remetido ao Judiciário na sexta-feira, 24.
Conforme a investigação, o caso foi registrado na Central de Flagrantes e encaminhado ao Geacri no dia 16 de agosto. "De lá pra cá, o inquérito seguiu o trâmite regular, fomos atrás de todas as imagens do estabelecimento, ouvimos todas as testemunhas e versões", explica o delegado Joaquim Adorno, titular do grupo especializado.
Um dos vídeos analisados mostra quando o policial usa um termo pejorativo para ofender Lucas, dá um tapa em seu rosto e, em seguida, saca uma arma de fogo e aponta para o jovem. O dono do estabelecimento ainda tenta intervir e retirar o policial de perto do jovem.
De acordo com o delegado, os crimes praticados pelo PM, foram cometidos em horário de folga e de maneira isolada. "A ação não tem qualquer vinculação com a corporação Polícia Militar, foi um ato pessoal e isolado", afirma.
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