A Polícia Civil (PC), cumpriu três mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão pela prática do crime de estelionato, também foi confiscado os valores das contas bancárias dos investigados.
Foram identificadas três pessoas que venderam suas contas bancárias, duas delas foram presas, e um indivíduo que seria um dos líderes do grupo, o qual foi preso e em seus endereços foram cumpridos mandados de busca e apreensão, de acordo com a Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA).
Os criminosos anunciavam em jornais de grande circulação no Estado ou em redes sociais. Era feito um anúncio de venda de um veículo no ágio, com as parcelas de financiamento reduzidas.
O esquema funcionava da seguinte forma, quando alguma pessoa se interessava pela proposta, ela entrava em contato com o número ao qual estava disponível no anúncio, o anunciante se identificava então como um Sargento do Corpo de Bombeiros Militar. Ele dizia a vítima que tinha acabado de vender o seu veículo, mas que tinha um familiar, que era pastor e que também teria um veículo com condições semelhantes ao dele, à venda.
Assim que a vítima entrava em contato com a pessoa que se identifica como Pastor da Igreja Evangélica, era informada que venda estaria quase fechada para um vendedor de carro, mas que não finalizou os termos, já causando uma pressão na vítima para agilizar a proposta e não perder o negócio.
Ao demonstra interesse para o golpista, o mesmo dizia para a vítima que trabalhava em uma empresa (fictícia) e que teria que resolver uma pendência judicial de pensão com sua ex-mulher, esse era o motivo pelo qual estaria vendendo o veículo. Para passar uma confiança ao comprador, o golpista dava o endereço e o telefone da empresa onde supostamente trabalha e também o de sua residência, que é fictício, em Trindade-GO, para a vítima certificar sobre seu caráter. No entanto, o número é de uma comparsa que confirma para as vítimas as informações que o golpista repassou.
Então informado que era preciso fazer a transferência do valor R$ 4.998,98, com urgência para a conta indicada, senão ficaria com problemas na Justiça. Esse valor seria abatido no ágio do veículo e se o pagante efetuasse o valor, o negócio estaria fechado e então o vendedor de carros seria dispensado.
Após realizar a transferência do valor solicitado, o golpista dizia que tinha feito uma besteira, por ser ignorante, e que a conta que passou estaria errada, e que o limite diário que a vítima mandou estaria bloqueado até o dia seguinte, e se o indivíduo quisesse continuar com o negócio era necessário que ele fizesse outra transferência no mesmo valor em uma conta diferente, de um outro familiar. Algumas vítimas realizaram mais de uma ou duas transferências, acreditando nos estelionatários.
Segundo a DERFRVA e PC as investigações irão continuar, com o objetivo de identificar outros envolvidos e desfazer toda essa associação criminosa.