Uma aluna do CED 15, localizado na Expansão do Setor O, em Ceilândia se pronunciou na festa de formatura acusando o diretor de "passar pano" em um caso de assédio que aconteceu com uma amiga dela. Veja abaixo:
De acordo com a estudante, ao entraram em contato denunciando o professor, a direção da escola disse que só iria tomar providências caso ocorresse outra vez.
Revoltada com a atitude da escola, a aluna resolveu se pronunciar na festa de formatura dos alunos e posteriormente nas redes sociais. Após o caso cair na internet outras vítimas apareceram e denunciaram o professor.
Em nota, a escola disse que em 10 de dezembro a aluna realizou uma denúncia junto à Coordenação relatando as ações do profissional. “Vem tendo comportamento estranho comigo e sempre falando coisas em duplo sentido, exemplo, em uma conversa sobre cavalos ele falou que amava éguas porque era um “cavalo”. Após deixar o relato da denúncia a aluna foi embora. Confira a nota na íntegra:
Em 10 de dezembro uma aluna realizou uma denúncia junto à Coordenação relatando as ações de um profissional, “vem tendo comportamento estranho comigo e sempre falando coisas em duplo sentido, exemplo, em uma conversa sobre cavalos ele falou que amava éguas porque era um “cavalo”. Após deixar o relato da denúncia a aluna foi embora.
Um grupo de alunos procurou-me para relatar também o ocorrido e ao serem questionados sobre onde estava a aluna, informaram que a mesma voltaria à tarde com a mãe. Questionaram se daria em alguma coisa, no sentido de exoneração ou devolução do profissional. Declarei que não era tão simples assim, que já devolvemos professores nessa situação, mas com mais dados ou ocorrências, mas que encaminharíamos a situação após ouvir a família da aluna e o profissional, conforme registrado no livro de ocorrências da escola.
No mesmo dia ouvimos o profissional acusado que negou o assédio, mas confirmou o comportamento inadequado. Foi advertido e comprometeu-se a prestar esclarecimentos à família, ciente de que isso não impediria providências serem tomadas como ouvidoria, sindicância, processo administrativo e afins, caso fosse interesse da família.
Surpreendemos-nos ao receber uma ligação de alguém se identificando como mãe da aluna reclamando da postura do diretor em dizer que só faria algo se acontecesse novamente. Mesmo falando que não procedia esta fala e solicitando que a família comparecesse à escola para dar continuidade, a família declarou que iria direto à delegacia, pois acreditava mais no que a amiga da aluna teria dito.
Declarei que em seu lugar faria o mesmo, mas iria à escola primeiro. Ainda aguardamos a família ou autoridades nos procurarem para seguirmos com o andamento dos procedimentos legais, o que não aconteceu até o momento. Infelizmente na maioria dos vídeos relacionados a que tivemos acesso várias histórias se misturam como se todas denúncias fossem descartadas, sendo que todas foram apuradas, concluídas com punições ou não se sustentaram.
Por fim, nunca impedimos ou coagimos família de realizar qualquer tipo de denúncia, nos colocando a disposição para auxiliar na apuração e procedimentos legais que o caso requer. Levamos a sério denúncias sobre assédio, entendendo a necessidade de apuração completa, participação da família e respeitar o rito legal e os envolvidos.
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