Um padrasto e uma mãe foram condenados por deixar uma criança em estado vegetativo após agressão em Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia. Na época, o padrasto bateu a cabeça da criança, que tinha 3 anos, contra a parede por várias vezes causando lesões corporais graves.
“Nós achamos a pena injusta. Ela [a criança] praticamente perdeu a vida. Ela só alimenta por sonda. Ela faz fisioterapia para não atrofiar, mas não teve evolução em dois anos. O caso dela é irreversível, ela está só pela mão de Deus”, afirma a avó paterna.
A decisão foi proferida na quinta-feira, 3, pelo juiz Diego Custodio Borges. Na sentença, o padrasto foi condenado a oito anos de reclusão e seis meses de detenção, que, inicialmente, deverá ser cumprida em regime fechado. Já a mãe da criança foi condenada a quatro anos e seis meses de reclusão em regime semiaberto.
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que o homem segue preso nesta sexta-feira, 4.
O crime aconteceu no dia 16 de fevereiro de 2020, por volta das 9h, em Senador Canedo. O padrasto agrediu a criança batendo a cabeça dela contra a parede por várias vezes causando lesões corporais graves. A mãe da criança estava no local e presenciou as agressões.
Após as agressões, a menina começou a passar mal e padrasto procurou os vizinhos pedindo socorro, enquanto a mãe carregava a filha, que estava tendo convulsões. Ela foi levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Senador Canedo em estado grave e, em seguida, transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde passou por cirurgia e ficou internada até o início de maio daquele ano.
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