Uma das preocupações dos nossos dias é com a nossa pressão, seja por ela estar elevada ou por ela em alguns momentos ficar abaixo do esperado. E para o dia 17 de maio, que é datado como o Dia Mundial da Hipertensão, vamos falar sobre os riscos de ter ela acima do limite.
Para explicar melhor vale lembrar que a pressão alta ou hipertensão arterial, ocorre no momento que o sangue passa a pressionar as paredes da artérias com mais força, e ultrapassa os limites. Os valores de referência para determinar a pressão alta ou hipertensão ultrapassam os 140/90 mmHG, ou seja 14/9.
Outro dado importante é que essa patologia está diretamente ligada as doenças cardíacas, que conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), são as principais causas de doença no mundo. De acordo com os dados da organização, 17 milhões de pessoas morrem no mundo por infarto, insuficiências cardíacas e por hipertensão arterial.
Hipertensão pode desencadear AVC e levar a morte
Outro ponto a ser ressaltado, embora seja uma doença que pode levar a morte, a mesma tem tratamento e pode ser controlada por hábitos saudáveis ou com o uso de medicação. De acordo com a comunidade médica, as pessoas que não fazem o tratamento para a pressão alta tem chances de desenvolver doenças como aneurisma, infarto do miocárdio, Acidente Vascular Cerebral (AVC), ataques cardíacos, entre outras doenças que podem levar a morte.
A diarista Eunice Madalena, de 56 anos, afirma que a pressão alta foi descoberta aos 45 anos após fortes dores de cabeça e visão embaçada. “Nunca tinha sentido nada, aos poucos comecei sentir dores de cabeça e nuca. Depois comecei a perceber que minha visão estava meio embaçada e assim senti que deveria ir ao médico. Meu pai sofria de pressão alta, então mesmo tendo hábitos saudáveis meu histórico familiar favoreceu para desenvolver a doença,” afirmou Eunice.
Já o professor universitário, Augusto Narikawa, 40 anos, afirma que nunca sentiu nenhum sintoma e só descobriu que sofria com a pressão alta após um procedimento cirúrgico. “Descobri após realizar uma pequena cirurgia para retirar uma pinta, quando fui marcar um retorno senti uma tontura muito forte e desmaiei. Logo após veio o diagnóstico e foi um baque muito forte tanto pra mim quando para os médicos, ” declarou Augusto.
O Cardiologista e coordenador do Pronto Atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein Humberto Graner, explica quais sãos principais sintomas que uma pessoa com hipertensão pode ter. “Os sintomas mais comuns são: dor ou desconforto no peito, falta de ar, desmaio (ou ameaça de desmaio), palpitações. Mas é importante destacar que a maioria das doenças cardiovasculares na verdade são de instalação insidiosa, silenciosa, e manifestam sintomas apenas em fases mais adiantadas.”
Fator genético pode contribuir para hipertensão arterial, mas cardiologista lembra que equilíbrio físico e mental podem auxiliar no controle
Graner ressalta que precisamos de equilíbrio físico e mental que combata estes fatores de risco. E ele lembra ainda que o fator genético pode ser desecandear a doença, mas que a mesma pode ser controlada através deste equilíbrio.
“Sabemos que muitas pessoas possuem uma predisposição genética para as doenças cardiovasculares, e, mesmo estes indivíduos podem contrapor a esta herança gênica controlando aqueles fatores que podemos modificar. Isso implica em: controlar a pressão arterial, manter um peso saudável, manter-se ativo fisicamente, controlar os níveis de gordura no sangue, não fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas, controlar os níveis de glicose no sangue, dormir bem, cuidar da saúde mental.”
O tratamento para pressão arterial alta se divide em medidas farmacológicas e não farmacológicas. O médico lembra que várias medicações estão disponíveis, utilizadas isoladamente ou em associação, controlam efetivamente a pressão arterial. Para isso, é importante seguir a recomendação médica com relação à posologia e horários de tomada.
Por fim o Cardiologista afirma que o maior vilão para a hipertensão arterial é o sódio. Este é o principal conservante de produtos industrializados. "Portanto, alimentos industrializados, congelados ou processados, são usualmente muito ricos em sódio. Por isso, a vigilância vai muito além de apenas reduzir o “sal de cozinha” na mesa, mas preferir alimentos in natura".
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