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De acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em menos de uma semana, Goiás registrou mais de 600 focos de queimadas.
Entre janeiro e maio de 2021, a Semad afirma que foram registrados 255 focos, contra 415 no mesmo período de 2022, ou seja, houve aumento de quase 50% nos focos de queimada.
As consequências das queimadas são prejudiciais, tanto ao meio ambiente quanto à saúde, pois, a fumaça proveniente das queimadas possui diversas toxinas que são de extrema toxicidade.
Segundo a médica pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira, os efeitos sobre a saúde pública são diversos, dependendo da maior ou menor exposição dos grupos ou indivíduos.
Fernanda afirma que Estudos feitos nos EUA sobre envenenamento por monóxido de carbono demonstraram que a segunda causa de envenenamento por CO naquele país provém de inalação de fumaça causada por incêndios, dentre eles os incêndios florestais.
"Um aspecto muito importante relacionado às emissões de queimadas é seu efeito a longo prazo, com aumento do risco de neoplasias pela presença de substâncias cancerígenas ou suspeitas de ação cancerígena, como as dioxinas, furanos e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Esses compostos podem estar presentes tanto no material particulado quanto na fase gasosa. O material particulado resultante da combustão incompleta - como a que ocorre nas queimadas - é reconhecidamente cancerígeno em animais, com possível ação cancerígena também no Homem", ressalta a pneumologista.
Para a especialista, os bombeiros e combatentes de queimadas, sem dúvida, constituem o grupo com mais alto risco de envenenamento. Dentre os sintomas e doenças observados, decorrentes da fumaça das queimadas, estão:
- Infecções do sistema respiratório superior;
- asma;
- conjuntivite;
- bronquite;
- irritação dos olhos e garganta;
- tosse;
- falta de ar;
- nariz entupido;
- vermelhidão;
- alergia na pele;
- desordens cardiovasculares.
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