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Marcha para o Eldorado Sudoeste

Uma sacada imobiliária transformou, em menos de 20 anos, uma região que hoje é o Setor Eldorado. O que antes era uma fazenda – há 11 km do Centro - atualmente abriga 16 condomínios clubes. Lá comporta ainda o primeiro condomínio fechado de alto padrão de Goiânia, o Grainville, que possui cerca de 500 casas.

Planejado, suas praças e um shopping foram atrativos iniciais do investimento e deu muito certo: a região hoje tem atraído diversos empreendimentos de renome e tornou-se um centro econômico e de lazer para toda a cidade de Goiânia.

De acordo com levantamento feito pelo Shopping Plaza D’Ouro, cerca de 21 mil pessoas moravam no local em 2020. “O setor cresceu de modo assustador, ninguém imaginava e ninguém esperava. O shopping trouxe à setores como Celina Park e Porto Seguro independência do Centro, com uma rede de serviços e produtos.

“Ainda não temos cinema, mas o centro de compras em breve vai passar por uma série de ampliações”, adianta o superintendente do Plaza D’oro, Elvis Abreu.

Ao andar no setor à noite, sobretudo na Avenida Milão e seus arredores, pode-se ter a ligeira sensação de que se está no Setor Marista ou Oeste. Em frente ao Shopping Plaza D’oro, na Avenida Milão, estão chegando empreendimentos badalados. Estão lá: Bahrem, Botequim Mercatto, Burger King Mc Donald 's.

O gerente do Bahrem Eldorado, Onaldo Costa, que antes trabalhava na filial do Marista, conta que o empreendimento chegou à região em 2019 e, após o momento de retomada da pandemia, a casa vive cheia.

“A diferença, para os bares do Marista, é que lá estão pessoas da cidade inteira. Aqui fica mais restrito à região, as pessoas que moram no condomínio e de regiões próximas, como Celina Park, Porto Seguro, Parque Oeste. Fica um ambiente mais íntimo, em que todo mundo conhece todo mundo”, explica Onaldo.

Entre os clientes do espaço, estava a empresária Valéria Blanc e sua filha, a estudante Lorra Blanc. A empresária mora na região há 30 anos e acha prático ter variedades gastronômicas por perto, já que passou parte da vida tendo que se deslocar para encontrar serviços, entretenimento e diversão. 

Empresária Valéria e sua filha Lorrá aproveitam sempre que podem os barzinhos do Eldorado.

“Aqui encontro um bom ceviche, disco de carne, há opções de almoço”. Já a estudante Lorrá, gosta de sair com os amigos nos barzinhos do setor. “Tem também as resenhas nas casas de amigos do Grainville”, conta.

Além dos empreendimentos conceituados, percebe-se também no setor a abertura de novos espaços. No decorrer da Milão é possível encontrar diversas opções gastronômicas, como um fast food de comida japonesa, uma hamburgueria gourmet, pizzarias, padarias e restaurantes grill.

Já o Território Grill, um bar e restaurante mais recente, deu a oportunidade do garçom Jean Franco trabalhar na mesma região onde mora. “Atualmente o setor oferece mais oportunidade. É verdade que muitos espaços fecharam após a pandemia, no entanto, muitos estão abrindo também”, diz. 

Gerente do Bahrém, Onaldo Costa diz que no Eldorado, o clima é mais íntimo.

Planejado 

Região teve crescimento acelerado de moradias verticais.

Os resultados que moradores e empresários vislumbram agora, foram planejados há mais de 30 anos. Um dos idealizadores do projeto foi o diretor da Tropical Urbanismo, Paulo Roberto da Costa, conhecido como Paulim da Tropical. Ele comprou o terreno em 1986, mas a aprovação do projeto Eldorado só chegou quase na última década. Paulo Costa conta que quando se interessou pela compra do espaço para construção do Eldorado, o espaço era - literalmente - só mato.

“Plantava-se soja no Eldorado. Ele foi planejado para ser um condomínio vertical, com 78 torres e 16 condomínios. Ao longo de 20 anos construímos 5.200 apartamentos. Cumprimos esse objetivo há oito anos. Hoje podemos dizer que o setor é um polo gourmet e que traz qualidade de vida para região”, salienta.

O primeiro investimento de uma imobiliária foi em um condomínio com cinco torres e três quartos, o Turmalina, que era apresentado ao público com uma maquete gigante, um apartamento de vitrine, na época inovador. Também contou o marketing de um conhecido publicitário paulista.

No começo, segundo Paulo Costa, foi difícil vender os apartamentos distantes do Centro, no entanto, com o passar do tempo veio o interesse do público e de várias outras imobiliárias.

Infraestrutura

Os moradores foram chegando ao bairro e também ajudando a trazer melhorias para o setor. Foi criado, por exemplo, a Associação dos Condomínios do Residencial Eldorado (Ascoel), cujo presidente é o odontólogo Netanias Tomaz dos Santos. Apaixonado pelo Setor onde está desde 2006, ele está sempre querendo deixar o setor melhor. “Vi o bairro nascer em todos os sentidos e todas problemáticas”, explica.

Quando chegou, a segurança era a prioridade. Era perigoso andar nas ruas à noite e os furtos de carros eram recorrentes. Assim, Ascoel, juntamente com outros líderes da região conseguiram levar um batalhão de polícia ao local, que hoje tem visto a criminalidade cair.

“As praças estamos se revitalizando pela terceira vez com apoio da prefeitura. E o trânsito agora é a nossa prioridade: conseguimos a duplicação da Avenida Ravena e Trieste. E agora, já protocolamos um documento junto ao Ministério Público e prefeitura, para melhora do trânsito na Avenida Milão”, conta.

A ideia, conforme o presidente da Ascoel, é pensar em um projeto para desafogar as proximidades da rotatória que fica de frente ao Mercatto. “Este é um pedido antigo nosso que vem desde a época em que Paulo Garcia era prefeito”, conta.

Parque Oeste Industrial

Um setor nobre está sendo criado em um bairro mais afastado da região sudoeste de Goiânia: o Eldorado Oeste. O setor planejado, populoso, tem atraído empreendimentos e gerado um novo polo econômico e gastronômico
Parque Buritis Sebastião Júlio de Aguiar é uma das apostas do Eldorado Oeste.

O empresário está construindo um novo eldorado. Trata-se do Eldorado Parque, na região onde era o Parque Oeste Industrial. Bairros planejados são o negócio de Paulo Costa, que conta que com eles consegue fornecer mais qualidade de vida a uma região esquecida. Empreendimentos desse tipo, ele já fez em parcerias com outras imobiliárias em locais como o Goiânia 2 e o Parque América em Aparecida de Goiânia, que também é um bairro planejado.

A bola da vez agora é uma região emblemática: o antigo Parque Oeste Industrial, que foi motivo de uma disputa sangrenta em 2005. Para quem não lembra, cerca de 4.000 famílias estavam ocupando a área. Porém, a polícia militar realizou a "Operação Inquietação", em que oficialmente dois moradores morreram.

O local agora chama-se Eldorado Parque, que promete ser o novo Eldorado Oeste, de acordo com Paulo Costa. No local está sendo implantado 24 quadras com residenciais e um shopping. A previsão é abrigar quase sete mil famílias. Sete residenciais já foram entregues e dois estão em obras.

O grupo empreendedor – através de uma parceria com Governo do Estado de Goiás - viabilizou o prédio do 42º Batalhão de Polícia Militar - Batalhão Irapuan Costa Júnior, em 2018, na Rua das Magnólias esquina com a Rua do Esmalte, reforçando a segurança dos moradores. 

Também promoveu a implantação de rede de água tratada e esgoto, energia elétrica e iluminação pública no bairro, serviços dos quais o lugar era carente no início do projeto. O próximo passo será a construção do shopping, na Avenida Pedro Ludovico. O projeto arquitetônico já está em fase de desenvolvimento.

Uma outra aposta do empreendimento foi a construção do Parque Buritis Sebastião Júlio de Aguiar. O projeto do parque foi desenvolvido pela prefeitura de Goiânia, após Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo Ministério Público, e executado pelas empresas que estão à frente do empreendimento Eldorado Parque.

Com quase 112 mil m², o parque integra o projeto Macambira-Anicuns (Puama), e oferece estações de convivência com playground, academia ao ar livre e iluminação, totalizando seis espaços. A pista de caminhada com 1,2 quilômetros circunda todo seu perímetro.

“O parque está lindíssimo e vamos ainda construir dois restaurantes de frente a ele. A área que, historicamente, era destino clandestino de lixo e até animais mortos, agora se tornou um lugar de caminhadas, encontros, diversão, relaxamento e bem-estar”, conta Paulo Costa.

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