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Pirenópolis: Patrimônio histórico e cultural deve ser prioridade, diz secretário

Com relatório técnico finalizado pela equipe de consultoria contratada para revisar o plano diretor, Pirenópolis caminha para mudanças com o novo projeto. Entre outras demandas, o documento prevê ações de preservação de zonas específicas dos patrimônios histórico e ambiental.

Para o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo do município, César Augusto Feliciano Triers, a revisão do plano diretor vai ordenar todo o território municipal e por isso é tão importante o trabalho do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico do Centro-Oeste (ITCO), que além da macrozona, estudou também todo o território municipal de forma a regulamentar as diferentes atividades por localização. “O novo projeto cria estratégias para fortalecer o patrimônio histórico e cultural de forma a indicar o que pode ou não ser feito em determinada localização”, diz

Segundo César Augusto, os zoneamentos são fundamentais no plano diretor, uma vez que funcionam como instrumentos para garantir a preservação dos patrimônios histórico e ambiental, e áreas consideradas sensíveis. “As próprias pessoas da comunidade cobram mais ações de proteção ao patrimônio histórico, cultural e do meio ambiente em geral. Nas reuniões comunitárias foram discutidas a limitação no centro histórico, tanto de pessoas como do trânsito de veículos e os locais reservados para o comércio”, diz.

César Augusto argumenta que o turismo é a maior fonte econômica de Pirenópolis justamente por causa do patrimônio histórico, cultural e urbanístico. Segundo o advogado, as pessoas gostam de visitar Pirenópolis para conhecer os casarões, as igrejas e outros pontos de visitação, por isso esses são locais que precisam ser preservados. “Não podemos matar a nossa galinha de ovos de ouro. Precisamos discutir mais sobre o contexto e ampliar juridicamente as possibilidades de empreender, porque não cabem dez pessoas em um metro quadrado. A expansão territorial urbana sem dúvida é fundamental, mas uma legislação vai atribuir maior proteção a esse nosso patrimônio”, salienta.

Turismo de qualidade

De acordo com o secretário de Pirenópolis, aumentar a demanda de turistas sem um acompanhamento da qualidade com estudos que direcionem a lotação da cidade, pode não contribuir para a preservação do patrimônio histórico cultural do município.“Estamos no limite da capacidade turística suportada pela cidade. Para se ter uma ideia, sempre que um evento vai acontecer aos finais de semana, é necessária uma séria avaliação, isso porque a cidade está sempre lotada e receber mais pessoas específicas para um novo evento pode prejudicar toda a sua logística. Em alta temporada, por exemplo, não liberamos eventos na cidade para não exceder’, explica.

César Augusto salienta que alguns cuidados são necessários quanto à quantidade de turistas no município, para que ele não sofra maiores danos com uma demanda não suportável. O projeto do novo plano diretor deve criar novas modalidades de turismo para o município com estratégias que melhorem a qualidade das visitações. “Em Pirenópolis, o período pós-pandemia aumentou a quantidade de visitantes e o plano diretor pode indicar algumas diretrizes que contribuam com o desenvolvimento econômico do setor de turismo. Sobretudo, essas orientações apenas funcionarão agregadas a outros instrumentos jurídicos necessários, como planos específicos para cada área no intuito de proteger o patrimônio de Pirenópolis”, explica o secretário.

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