A Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) marcou presença na cerimônia de abertura da feira Tecnoshow Comigo 2023 realizada hoje, 27/3, em Rio Verde. O presidente-executivo da Adial, Edwal Portilho, o Tchequinho, discursou durante o evento e reivindicou apoio dos parlamentares e governo estadual contra a reforma tributária fatiada que vem sendo proposta.
De acordo com Portilho, a reforma apresentada ataca frontalmente os produtores brasileiros e desestimula a produção agroindustrial. Ele ainda afirmou que a Adial está à disposição para apresentar estudos já finalizados e fundamentos técnicos para defender seus argumentos.
A presença da Adial na cerimônia de abertura da TecnoShow foi importante para chamar a atenção dos representantes políticos e do público presente sobre a importância da produção agroindustrial para a economia do estado de Goiás e do país como um todo.
A feira agropecuária é voltada à difusão de tecnologia rural. Com programação até a próxima sexta-feira (31), a organização destaca investimentos em melhorias no próprio espaço do evento e ações voltadas à sustentabilidade.
Confira o discurso completo de Edwal Portilho:
“Apesar de ser uma feira com um volume muito grande de negócios, traz em seu condão, sua essência, aquela que é a melhor prática: transferir para o campo a tecnologia, buscando reduzir custos, aumentar produtividade e lucratividade dos produtores rurais.
A questão da Reforma Tributária afeta muito os produtores rurais e se apresenta no Congresso. Como está, ela ataca frontalmente o produtor brasileiro. Vai trazer uma carga tributária de mais de 20% para os produtores rurais. E ainda pegando aqueles com baixa tecnologia ou com alta tecnologia e sistemas regenerativos e sustentáveis de frente. Ou seja: quem mais investe vai pagar mais caro. Da mesma forma, desestimula, também, a produção agroindustrial. Essa reforma não simplifica os impostos. Simplifica e aumenta a carga. Traz insegurança, pois deixa-se tudo para as leis complementares.
A carga tributária da cesta de alimentos vai aumentar muito, cerca de 22,5% no preço do alimento no Brasil. Para resolver essa situação tem uma conversa que o dinheiro vai ser devolvido em forma de cashback, que se for atender à população segundo a pesquisa de orçamento familiar do IBGE, deverá atender 71% da população, que ganha em média, cada um, R$ 894 reais por mês.
Não dá pra entender como é que o Governo Federal vai devolver 71% para população o cashback, ao comprar alimentos. Ou seja, vai aumentar o valor, mas eu te devolvo o dinheiro.”