A advogada Amanda Partata enviou um falso ultrassom para o ex-namorado dias antes de envenenar o ex-sogro e a mãe dele em Goiânia.
Segundo informações da Polícia Civil (PC), a advogada alegava estar grávida para sustentar o relacionamento. Essa não foi a primeira vez que ela recorreu a esse artifício, como relataram outros cinco ex-namorados.
O envenenamento de Leonardo Pereira Alves e de sua mãe, Luzia Alves, ocorreu em 17 de dezembro. Amanda foi presa temporariamente em 20 de dezembro e compareceu a uma audiência em 21 de dezembro. O delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, informou que ela negou a autoria do crime e simulou passar mal durante o depoimento.
A motivação do crime, segundo Alfama, foi o sentimento de rejeição após o término do namoro de menos de dois meses com Leonardo Pereira Alves Filho. Partata e Leonardo encerraram o relacionamento em 27 de julho.
O delegado relata que, no início de agosto, Amanda informou ao ex-namorado estar grávida, mantendo a farsa por mais de três meses, inclusive realizando um chá revelação.
“Ela celebrou com toda a família, apresentando um exame de sexagem que indicava ser uma menina”, afirmou o delegado, acrescentando que Amanda chegava a pedir que a família do ex acariciasse sua barriga e conversasse com o suposto bebê. Em 14 de dezembro, ela exibiu um falso ultrassom com uma idade gestacional de 23 semanas.
Após a prisão, Amanda realizou um exame de Beta HCG, que deu negativo, indicando que não estava grávida há pelo menos um mês. Em 28 de dezembro, a polícia realizou uma busca na residência de Amanda Partata, encontrando exames de gravidez de agosto e dezembro de 2023, ambos com resultados negativos.
“A falsa gravidez era utilizada pela advogada como pretexto para manter proximidade com a família, obter dinheiro e exigir a continuidade dos relacionamentos”, revelou Carlos Alfama.
Em nota, a defesa da advogada informou que se manifestará apenas nos autos do processo.