Assista o vídeo do momento da prisão de Reginaldo Nunes de Moura, o homem covarde que espancou, matou e desovou o corpo de Juscelia de Jesus Silva.
Desde
o primeiro dia em que Juscelia de Jesus Silva desapareceu, a equipe de
investigação particular parceira do jornal Diário da Manhã afirmou
categoricamente que o caso não se tratava apenas de um desaparecimento,
mas sim de um possível feminicídio. A equipe revelou que, na terça-feira
(14), o marido de Juscelia, Reginaldo Nunes de Moura, estava agindo de
maneira estranha e tentando persuadir a família a não envolver a polícia
no caso. Segundo ele, vários amigos que trabalham em uma reciclagem
teriam afirmado que haviam visto Juscelia andando próximo de sua
residência às 17 horas na data do desaparecimento.
Nossa equipe compilou todas as contradições de Reginaldo em uma matéria https://www.dm.com.br/cidades/caso-juscelia-misterio-e-informacoes-vagas-dificultam-o-desfecho-120112
Procuramos amigos próximos de Juscelia e pedimos para nos fossem enviados prints de conversas no whatsapp para realização de perícia que visava comparação entre a forma de escrita de Juscelia e Reginaldo, diante disso, ficou evidente que Reginaldo estava em posse do celular de Juscelia enviando tais mensagens para despistar a família.
A
investigação privada concluiu que a mensagem escrita por Reginaldo
tinha as mesmas características das mensagens que supostamente haviam
sido enviadas por Juscelia.
Nossa equipe de investigação vigiou a casa de Juscelia e observou que Reginaldo só voltava para casa durante a madrugada até sexta-feira. Além disso, a investigação constatou que ele lavou vários lençóis e o solado de uma botina, possivelmente o calçado foi usado por ele na estrada de chão onde o corpo de Juscelia foi abandonado. Ele também lavou a casa, provavelmente pelo mesmo motivo, a cerâmica da casa estava suja de barro e concluímos que o barro pode ser do chão do local que ele desovou o cadáver de Juscelia.
Durante nossa investigação, também apuramos o
uso de uma corda elástica por parte de Reginaldo para amarrar a caixa
da moto. Descobrimos que a corda usada para amarrar o corpo de Juscélia é
a mesma que ele usava.
Em uma entrevista de Reginaldo concedida à Record TV, nossa investigadora particular constatou que a caixa de sua moto estava sem a corda.
Outro ponto que a investigação particular do DM apurou foi que a lona que envolvia o corpo de Juscelia era nova. Foi investigado que Reginaldo, no dia do desaparecimento de Juscelia, foi a uma loja de ferragens no setor Garavelo sob a alegação de comprar ração para animais, embora tenha sido constatado que eles não possuíam nenhum animal de estimação. A lona encontrada no corpo é vendida em lojas de ferragens e é utilizada em obras.
Reginaldo estava sendo monitorado pela Polícia Civil desde o registro do desaparecimento de Juscelia. Os aparelhos celulares de Juscelia e Reginaldo estavam sendo monitorados, de modo que mesmo após Reginaldo ativar um novo número em um novo chip, ele continuou sendo rastreado em tempo real pelo serviço de inteligência.
Reginaldo confessou o crime e admitiu ter matado Juscelia dentro de casa após um suposto desentendimento sobre as finanças da família. Ele também revelou que carregou o corpo de Juscelia dentro do carro do próprio irmão dela, que havia sido emprestado a ele para levar a filha do casal de 9 anos para a escola. Reginaldo afirma ter agido sozinho, mas nossa equipe ainda tem dúvidas a respeito disso. Ele também afirmou ter desovado o corpo na estrada e que estava com o celular de Juscelia, enviando mensagens para despistar a família.
De acordo com o delegado João Paulo Mendes,
da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), o assassino confessou
o crime de forma serena, não demonstrando arrependimento.