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Caso Amélia Vitória tem desdobramento e novo suspeito é indiciado

A polícia informou que conseguiu identificar o suspeito através do DNA coletado das áreas genitais da vítima

Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, foi detido e acusado dos crimes. (Foto: Divulgação/PCGO) Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, foi detido e acusado dos crimes. (Foto: Divulgação/PCGO)

A investigação sobre o sequestro e assassinato de Amélia Vitória, de 14 anos, em Aparecida de Goiânia, foi concluída pela Polícia Civil. Um novo suspeito, Janildo da Silva Magalhães, de 38 anos, foi detido e acusado dos crimes.

Anteriormente, um pedreiro de 47 anos estava sob suspeita, mas foi inocentado. Em uma coletiva de imprensa, os delegados Eduardo Rodovalho e André Botesini explicaram que exames de DNA e imagens de câmeras de segurança confirmaram o envolvimento de Janildo no caso.

Janildo, com antecedentes criminais incluindo tráfico, homicídio e agressão sexual, é acusado de um ataque similar em 2017 em Rio Verde, onde a vítima conseguiu identificá-lo. As autoridades suspeitam da existência de mais vítimas.

Em uma coletiva de imprensa, os delegados Eduardo Rodovalho e André Botesini informaram que Janildo, usando uma bicicleta, sequestrou a vítima, inicialmente a agredindo em uma área de mato em uma quinta-feira. Posteriormente, ele a levou para uma casa abandonada, local onde usava drogas e armazenada objetos roubados, a mais de 6 km de distância, onde continuou os abusos durante a noite.

Na sexta-feira, Janildo matou a vítima por asfixia e estrangulamento, e logo retornou para casa. Os delegados afirmaram que ele pintou a bicicleta assim que chegou em casa e, mais tarde, levou o corpo do local, considerado insalubre, até a região onde o corpo da vítima foi encontrado.

Além disso, ele tentou esconder evidências do crime ao rasgar uma camiseta que usou e a jogou em um canto da casa, com a pretensão de descartá-la.

O delegado Rodovalho revelou que a mãe e a irmã de Janildo perceberam uma atitude suspeita nele, impedindo-o de se desfazer de certas vestimentas. A família mencionou aos oficiais que Janildo demonstrava nervosismo sempre que o caso do desaparecimento da garota era mencionado nas notícias.

“Ele saiu de casa já com um comportamento estranho. A mãe dele diz que ele falou ‘Eu vou sair, não me espere. Não sei se vou voltar amanhã e nem se vou estar vivo’. No dia seguinte retornou já com outro comportamento, dizendo que ia pintar a bicicleta e depois sempre ficando alterado com reportagens da menina na televisão” Frase dita pelo autor do crime, segundo o delegado Eduardo Rodorvalho

Ainda segundo o delegado, Janildo teria negado inicialmente a prática do crime e que não conhecia a vítima. No entanto, após ser confrontado com os elementos que a Polícia Civil já tinha, o acusado teria criado uma história fantasiosa, de que teria ido auxiliar um outro rapaz.

"A gente começou a perceber as contradições, à medida em que ele relatava isso aí, e depois com o levantamento das informações, percebemos que era uma manobra adversionista para poder fugir do foco, com isso, ele agiu sozinho", disse.

Além disso, a polícia informou que conseguiu identificar o suspeito através do DNA coletado das áreas genitais da vítima. Esse DNA, cujos resultados foram obtidos na segunda-feira, 4, apresentou semelhanças com um caso anterior em Rio Verde em 2017, o que ajudou a confirmar que o indivíduo residia em Aparecida.

O delegado afirma também que, movido pela reação de sua família à morte de Amélia, Janildo optou por retornar ao local e posicionar o corpo da menina em um ponto mais visível. Os exames periciais apontam que ele envolveu o corpo em um lençol e o deslocou até a rua.

A irmã de Janildo comentou que ele, ao cometer o ato, negava à família a oportunidade de se despedir. O delegado acredita que essas palavras influenciaram Janildo a retornar e deixar o corpo na rua.

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