Goiânia vai ganhar quase meio metro de área verde por habitante
Diário da Manhã
Publicado em 21 de setembro de 2020 às 11:45 | Atualizado há 5 anos
Angicos, Araticum do Mato, Peroba Rosa, Jequitibá, Jenipapo, Mutamba, Ipês, Ingás, Areoira, Guapeva e Sucupira são algumas das espécies nativas do cerrado que serão plantadas para recuperação de cerca de 7 hectares às margens dos córregos Buriti e Gameleira bem como do Rio Meia Ponte na região da GO-020, sudeste de Goiânia. Nesse Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro, o Projeto de Reconstrução Florística das Áreas de Preservação Permanente (APP) do Plateau d’Or é um presente para Goiânia e reforça o título de Cidade Verde, adicionando mais 0,47 metros quadrados de floresta que serão recuperadas e preservadas na antiga Fazenda Gameleira.
A Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda que uma cidade tenha pelo menos 12 m² de área verde por habitante. Goiânia já supera em quase oito vezes esse índice, pois possui 94 m² de área verde por habitante. Sua dimensão urbana é de 728,841 km² e possui mais 1,5 milhão de m² em áreas verdes, divididas em 191 parques, bosques e Apps, segundo dados da Agência Municipal de Meio Ambiente (AMMA). Com 89,5% de arborização, segundo o Censo de 2010, em âmbito mundial, Goiânia só perde para Edmonton, no Canadá, que chegou à marca de concentração de 100 metros quadrados de árvores por habitante.
As APPs presentes na área do empreendimento totalizam 521.352,43 m² e são compostas de duas áreas de mata e pelas APPs ao longo dos cursos de água que margeiam o empreendimento. Esta área está sendo cuidada durante toda a obra do empreendimento e continuará sendo cuidada por dois anos após a finalização das obras. “Estamos aguardando o início do período chuvoso para iniciar as atividades de plantio das mudas de árvores. No próximo mês já iremos começar a preparar o solo com retirada de plantas invasoras e combate de cupins e formigas que podem prejudicar o desenvolvimento das mudas. O próximo passo é o plantio de fato que vai começar junto com o próximo período das chuvas”, detalha a gestora ambiental e coordenadora de Sistema de Gestão Integrado, Cinthia Martins.
De acordo com a especialista, as áreas verdes em perímetros urbanos são de grande importância para garantir a qualidade de vida das pessoas que habitam as cidades. As árvores, os lagos e parques contribuem para aumentar a captura de carbono, diminuir a temperatura das microrregiões e contribui com a manutenção da umidade do ar. “Além disso, garante a permeabilidade do solo auxiliando na manutenção do nível de água no lençol freático e assim na preservação dos nossos cursos hídricos”, ressalta Cinthia.
Para a recuperação APPs será respeitado o tipo de vegetação já existente característica do bioma Cerrado. De acordo com Cinthia, o processo inclui manejo do solo, reflorestamento com espécies nativas e manutenção deste reflorestamento para garantir que as áreas sejam recuperadas. Ela lembra da importância as ações de preservação nos Córregos Buriti e Gameleira que integram a bacia hidrográfica do Rio Meia Ponte, principal curso d’água da região, afluente do Rio Paranaíba, que por sua vez está inserido na Bacia do Rio Paraná e tem grande importância ambiental e econômica. “Se avaliarmos todo o contexto, a preservação dessas matas e recuperação das áreas degradadas terá impacto em um ecossistema muito maior, que chega até grandes rios do Brasil, com benefícios que não serão restritos apenas aos goianienses”, comemora a gestora.
O Plateau d’Or é um condomínio horizontal com projeto todo pautado na sustentabilidade. O residencial tem assinatura do escritório inglês de arquitetura mundialmente premiado Broadway Malyan, que traz os inovadores conceitos de walkability e placemaking. Já na parte externa o Hub Humano tem projeto do escritório francês TripTyque e implantará um verdadeiro ecobairro que atenderá toda a população da cidade. O complexo residencial irá integrar a região dos condomínios horizontais de alto padrão da cidade, localizada na saída da GO-020 para Bela Vista.