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O médium João Teixeira Filho, conhecido como João de Deus, foi condenado em outros três processos abertos contra ele, na última quarta-feira, 7. Com a condenação dos três últimos processos, a pena de João de Deus foi de 109 anos de prisão, vale lembrar que ele já havia sido condenado em outras seis processos por violação sexual mediante fraude, estupro de vulnerável e posse ilegal e irregular de armas de fogo, e que se somada todas as penas, o tempo de prisão do ex-líder religioso chega ao total de 223 anos. As decisões que condenaram João de Deus em outros três processos são do juiz Marcelo Boechat Lopes Filho, que é o titular da comarca de Abadiânia.
De acordo com as sentenças que foram proferidas na noite de ontem, em um dos processos, João de Deus foi condenado a 51 anos e nove meses de prisão, e que diz respeito a cinco vítimas do médium, de crimes que foram cometidos entre os anos de 2010 e 2016. De acordo com a decisão, tanto o ex-líder religioso como seu filho foram absolvidos dos crimes de corrupção de testemunha e de coação durante o processo.
No segundo processo julgado, João de Deus foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão, pelos mesmos crimes praticados contra três vítimas entre 2011 e 2013, e foi absolvido em relação a outras três vítimas, uma vez que o mesmo teve a sua prescrição.
No último processo, o médium foi condenado a 41 anos e quatro meses de prisão, pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável, praticado contra cinco vítimas entre 2010 e 2015.
Além das condenações que somam 109 anos, João de Deus também condenado a pagar indenizações por danos morais às vítimas e os valores são de até R$ 100 mil reais.
João de Deus foi preso após reportagem revelar crimes
João de Deus foi preso no dia 14 de dezembro de 2018, após uma entrevista do programa conversa com Bial, trazer à tona todos os crimes cometidos pelo médium. Desde então o mesmo se encontra preso, e já foi julgado em pelo menos nove processos, que somam um total de 39 vítimas do líder espiritual. Outros sete processos estão em andamento, e segundo o magistrado que proferiu as sentenças, os que ainda estão em curso devem ser julgados até março do ano que vem.
Uma das alegações feitas pelo magistrado foi de que a pandemia prejudicou o andamento dos processos contra João de Deus, e que por isso foi necessário colher novamente o depoimento das vítimas, e que alguns ultrapassam o número de 80 pessoas, além do fato de algumas dessas vítimas morarem no exterior ou em outros Estados.
João de Deus foi condenado até o momento em nove processos, sendo quatro de anos prisão por violão sexual mediante fraude, 19 anos e quatro meses em outro processo com quatro vítimas, 40 anos por outro caso com cinco vítimas, 44 anos e seis meses outras cinco vítimas, dois anos e seis meses no caso com outra vítima, e uma por posse irregular de arma de fogo, no qual foi condenado a três anos de prisão.
