Uma mulher, de 25 anos, denuncia que foi abusada sexualmente por um policial civil enquanto estava no 12ªDP (Delegacia de Polícia) de Copacabana (RJ) em razão de uma ocorrência envolvendo uma discussão com o namorado dela. A Justiça não aceitou o pedido de prisão do policial civil, e a defesa do suspeito nega as acusações.
As informações do boletim de ocorrência, ao qual o Portal UOL obteve acesso para divulgar as informações, a vítima, que não quis ser identificada, disse que discutiu com o namorado na rua e foi levada pela Polícia Militar até a delegacia para registrar todos os fatos que ocorreram. Porém, quando estavam no local, o seu companheiro foi colocado em uma cela e ela decidiu não fazer o boletim de ocorrência.
A vitima fez o pedido para o policial da soltura do rapaz, o militar foi identificado como Genilson Barbosa Bonfim, e, segundo ela, exigiu que ela fizesse sexo com ele para soltar o namorado. O agente a levou para uma espécie de quarto no DP, teria colocado uma arma em cima da mesa e a ameaçou dizendo saber o endereço.
A moça afirmou que, após o abuso, ela foi liberada para ir para casa com a promessa que seu namorado seria solto. O namorado da vítima foi liberado às 8h. Mas, de acordo com o advogado da mulher, o crime cometido pelo rapaz geraria a assinatura de um termo circunstanciado de ocorrência e ele seria liberado, portanto, o policial teria sido "mal-intencionado" ao falar que o homem ficaria preso.
O policial militar que é suspeito enviou mensagem para a vítima com elogios
Depois do abuso sexual, o homem enviou mensagem para a vítima, entre elas, elogiando as partes íntimas da mulher. O Portal UOL obteve acesso às imagens das conversas feitas pelo Whatsapp.
No Laudo do Exame de Corpo Delito de Conjunção Carnal, assinado pela perita legista Denise Macedo Jana no dia 4 de fevereiro, há vestígios de violência real por "ação contundente", mas são necessários outros exames que comprovem a violência sexual.
A Polícia Civil informou que o celular do suspeito foi apreendido e encaminhado à perícia para analisar as mensagens.
Os advogados do policial dizem que vão provar sua inocência, onde ele não cometeu os crimes onde ele está sendo acusado.
Em nota feita o SINDPOL/RJ (Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro), que está defendendo o agente, o policial "tem 24 anos de carreira, sem quaisquer anotações em sua ficha funcional".
"A investigação comprovou que o policial civil não cometeu os atos que lhe são imputados e que tem direito à presunção de inocência, já que nada restou provado em seu desfavor.
Em comunidade feita ao site do SINDPOL/RJ, o advogado do sindicato Ricardo Monteiro diz que o policial é “querido e respeitado por todos seus colegas de trabalho”, e sua defesa “repudia todas as acusações feitas ao militar”.