Um jovem, de 30 anos, morreu em uma unidade de pronto atendimento (UPA) após aguardar horas por um atendimento, na última sexta-feira, 10, em Brasília, no Distrito Federal. Segundo a família, houve negligência médica e preconceito, com relação à saúde do homem Warlley Eduardo Pires, que tinha Síndrome de Down.
Warlley foi levado até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com sintomas de pneumonia e glicemia alta. Ele foi então medicado e recebeu alta para retorna a sua residência. Sem ter algum tipo de melhora, após alguns dias o rapaz deu entrada com pneumonia em uma UPA, em 9 de março, sendo confirmado quadro de hiperglicemia e febre.
Após ter tomado antibióticos, o jovem apresentou agitação psicomotora. Segundo a família, a partir disso, houve negligência médica dos profissionais de saúde da UPA, que ignoraram e não atenderam o rapaz. “Meu filho não tinha aquele comportamento, e eu falava ‘moço, meu filho não está bem”, relembra a mãe.
Ainda segundo a mãe da vítima, houve, além da negligência médica, preconceito. Uma das causas da morte revoltou a família. No relatório constava pneumonia, insuficiência renal, diabetes e síndrome de Down como motivo da morte. Em 10 de março, Warlley, o paciente, foi classificado como estado gravíssimo.
No mesmo dia, após o atendimento realizado por um médico, foi informado que, devido ao estado de saúde grave, o rapaz não iria sobreviver. No dia 10 de março, às 5h40, foi confirmado a morte de Warlley. A família realizou, nessa segunda-feira, 13, um boletim de ocorrência. Agora, a 24º Delegacia de Polícia (DP) de Ceilândia investiga se houve omissão médica no socorro.