‘Falou em cortar minhas pernas’. Esse é um dos trechos da mensagem enviada à Polícia Militar por mulher, de 33 anos, que estava em casa com os dois filhos menores, ao ser ameaçada pelo marido, de 34, na noite do domingo, 22, em Itumbiara.
A vítima escreveu também que o mesmo tentou inibi-la de fazer o contato, dizendo que se chamasse a polícia e ele fosse preso, ela “ia ver”, após sua saída da prisão. Mais ameaça!
O contato feito no celular funcional da corporação viabilizou uma viatura se deslocar ao endereço fornecido e resultou na prisão dele, que não teve o nome divulgado. No boletim e ocorrência, a informação de que o suspeito estava ingerindo bebida alcóolica no momento em que os policiais chegaram. O estado de embriaguez o fez empreender atos irônicos contra guardiões da segurança.
Preso em flagrante, o suspeito dos crimes da Lei Maria da Penha e por um artigo do Estatuto do Desarmamento também chegou ao ponto de colocar uma munição na mesa, para visualização da esposa.
Cresce o número de ocorrências
No Brasil, os casos de agressões contra as mulheres aumentam com o passar do tempo e elas tentam se livrar com atitudes das mais variadas formas.
Lançado em março, pela Rede de Observatórios da Segurança, o boletim Elas vivem: dados que não se calam registrou 2.423 casos de violência contra a mulher no ano passado. Deles, 495 feminicídios.
Além do sofrimento em si das mulheres, em muitos dos casos de violência doméstica os filhos se tornam vítimas indiretas dos agressores.