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Marido inventa relato, mas não engana polícia e é preso suspeito de feminicídio

Na versão apresentada, companheiro disse que a esposa caiu no quintal após misturar bebida alcoólica com remédio controlado

Imagem ilustrativa da imagem Marido inventa relato, mas não engana polícia e é preso suspeito de feminicídio

Para quem conhece um pouco sabe que toda história contada tem começo, meio e fim, o mesmo vale para depoimentos à polícia, e se não bastasse é preciso ter coerência no que se diz. E, sabe aquele nervosismo ou falta de coerência ao depor, pois, bem, a equipe da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) prendeu um homem, na tarde da última segunda-feira, 13, como o principal suspeito de matar a própria companheira.

E a polícia descobriu a mentira justamente no depoimento prestado pelo suspeito. De acordo com o delegado da DIH, Moacir Tomaz, a equipe da DIH foi chamada após a Polícia Militar (PM) comparecer ao local na segunda-feira, 13, para investigar a morte de uma mulher que a princípio teria ocorrido por um acidente doméstico conforme informou o marido da vítima.

"Em conversas iniciais o companheiro que estava lá, inclusive sob o efeito de álcool, relatou que no domingo, ele e a esposa passaram o dia bebendo. E, no domingo a noite, a mulher que usaria medicação controlada, bebeu os remédios e junto com o efeito do álcool se desequilibrou em um momento e caiu no quintal, tendo a região frontal, a testa lesionada", disse o suspeito durante o primeiro depoimento no local do crime.

Segundo o delegado, o indivíduo afirmou que levou a mulher para o quarto e a colocou na cama, e que só foi perceber que ela já estava morta na manhã de segunda, por volta das 10h ou 11h da manhã, e informou aos familiares da vítima e as forças de segurança.

"Ao chegar no local, a gente notou que a versão não estava muito coerente. Primeiro que nós não encontramos nenhum medicamento controlado no local, segundo que a lesão aparente, as lesões aparentes, não se individualizava apenas na lesão maior na testa. Na verdade, o corpo da mulher estava todo lesionado, cheio de hematomas. O próprio rosto da vítima estava todo roxo, inchado, decorrentes não só de uma lesão específica, mas de várias agressões inclusive recentes", salienta Tomaz.

Segundo o delegado que esteve no local, as agressões seriam do dia anterior e da madrugada do mesmo dia. Além disso a equipe policial encontrou no quarto em que a vítima estava na cama, uma taça de vidro, a qual tinha vestígios de sangue e alguns pelos que coincidiam exatamente com a lesão na testa da vítima.

"Aliado a esse elemento que nós identificamos como o instrumento do crime, nós encontramos imagens da casa, mais precisamente da sala, que mostra o suspeito agredindo a companheira na data anterior com chutes e empurrões. Embora, em tese a gente não tenha imagens específicas do quarto, com os vídeos que conseguimos, nós conseguimos constatar que ele agrediu ela na sala no dia anterior. A partir da essa incoerência no relato do suspeitos, que estava sob o efeito de álcool, de imediato dei voz de prisão pelo crime de feminicídio".

O companheiro da vítima foi preso em flagrante pelo crime, e se encontra nesse momento à disposição do Judiciário.

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