A morte da bebê de apenas cinco meses que morreu após receber injeção de dipirona nas costas começou a ser investigada pela Polícia Civil. O fato ocorreu na segunda-feira, 7, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Trindade.
Segundo familiares de Ayslla Helena Souza Lopes, a bebê estava com a síndrome de mão-pé-boca. A médica responsável pelo cuidado da paciente indicou o uso de dipirona por via intravenosa para a bebê, no entanto, a enfermeira supostamente administrou o remédio na região das costas da criança, próxima à região dos rins.
No dia seguinte, os pais notaram vermelhidão na área da injeção de dipirona. A saúde da bebê piorou com o tempo, levando-os a retornar à UPA. Lá, outro médico afirmou que a aplicação do medicamento tinha sido equivocada. Após receber nova medicação, a criança teve alta, mas no terceiro atendimento na unidade de saúde, ela veio a óbito.
Após a morte da menina, a família registrou um boletim de ocorrência na terça-feira, 8. Diante da investigação em curso, a delegada encarregada, Cássia Borges, optou por realizar um exame a fim de determinar a causa da morte da criança.
A delegada informou que aguarda o resultado do Instituto Médico Legal (IML) sobre a razão do falecimento. Posteriormente, ela planeja questionar os profissionais que participaram do tratamento da vítima, a fim de determinar se os procedimentos empregados durante o cuidado à criança foram apropriados.
A Prefeitura de Trindade divulgou uma nota , na qual informou que "instaurou uma sindicância administrativa interna junto ao Núcleo de Segurança do Paciente, para que seja verificado se houve algum equívoco na assistência prestada à paciente em relação às prescrições e modo de administração de medicamento", e que "roga ao Pai Eterno conforto para os familiares. Todas as investigações necessárias serão realizadas para elucidar a causa da morte."
Ainda segundo a nota, a equipe envolvida no caso foi afastada e que apura o ocorrido.