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Operação investiga fraudes em licitações na Prefeitura de Aragarças

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Uma operação da Polícia Civil de Goiás foi deflagrada nesta quinta-feira, 19 de setembro, com o objetivo de investigar fraudes em licitações na Prefeitura de Aragarças, no oeste do estado. A ação envolve servidores públicos, empresários e um secretário municipal, além de seu filho, que são suspeitos de criar uma empresa fantasma para desviar recursos públicos por meio de licitações fraudulentas. O grupo teria operado no setor de processos administrativos do município, segundo o delegado Fábio Marques, responsável pela investigação.

A operação cumpriu oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados e também aplicou medidas cautelares, como o afastamento de servidores de suas funções por 180 dias. De acordo com a Polícia Civil, o grupo formou uma empresa de fachada, que participava de licitações específicas, utilizando fraude fiscal e falsidade ideológica para obter contratos e desviar verbas municipais.

O filho do secretário é apontado como peça central no esquema, sendo o responsável legal pela empresa fictícia. Ele utilizava sua relação com o pai para conseguir contratos junto à administração municipal, causando um prejuízo estimado em pelo menos R$ 200 mil aos cofres públicos. A investigação ainda apura a participação de outras empresas que podem estar envolvidas no esquema.

Segundo o delegado Fábio Marques, a empresa investigada atuava em diversos ramos, como saúde, informática e pneumática, o que facilitava a participação em várias licitações. O objetivo era abarcar o maior número possível de contratos públicos, independentemente da compatibilidade com os serviços oferecidos.

Em nota oficial, a Prefeitura de Aragarças informou que está colaborando com as investigações e que já afastou os servidores suspeitos. A administração municipal afirmou que abriu processos administrativos disciplinares (PADs) contra os envolvidos e que tomará todas as medidas necessárias para garantir a transparência no processo. O prefeito declarou que repudia qualquer ato ilícito e que, caso sejam comprovadas irregularidades, os culpados serão punidos com o rigor da lei.

As investigações seguem em segredo de justiça, e a Polícia Civil ainda não divulgou os nomes dos investigados. A operação, intitulada "Em Nome do Pai", apura a participação dos servidores públicos no direcionamento de licitações para empresas de fachada, facilitando o desvio de verbas municipais.

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